sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Nosso papel frente à Greve da Polícia Militar


Polícia Militar em greve no Rio e na Bahia, sendo que há mais estados na iminência da adesão, mas o que há de dados a respeito e qual o papel que devemos assumir?

A categoria reivindica R$ 3.500 como salário inicial dos soldados. O salário base dos soldados policiais e bombeiros hoje é R$ 1.277,13 para os que têm auxílio-moradia menor e de R$ 1.510,18 para os que têm o benefício maior. O reajuste a ser pago este mês será de pouco mais de 10%. “O que o governador propõe não atende a nenhuma das três categorias. Há nove meses tentamos uma audiência com ele, sem resposta”, disse o líder do movimento dos bombeiros, o cabo Benevenuto Daciolo.

Os PMs reivindicam ainda R$ 350 de vale refeição e outros R$ 350 de vale transporte, além de adicional de insalubridade. “Temos diagnosticado tentativas de desestabilizar o Estado. Vem de um grupo reduzido, aqueles derrotados nas eleições de 2010 que fazem oposição irresponsável. Mas as corporações não se contaminam”, disse o governador em entrevistas a rádios do Rio, sem citar nomes dos adversários.
Em vários momentos, Cabral exaltou a “serenidade” da “grande família Segurança Pública”.
Mas apesar da promessa de tranquilidade, as primeiras horas da greve já deixaram a cidade desguarnecida de patrulhamento. As principais vias expressas não tinham sequer uma patrulha. Foi o caso da Avenida Brasil, linhas Amarela e Vermelha, e também a Perimetral. No Centro, a assessora de imprensa Suzana Ribeiro foi assaltada em frente à cabine da PM, na Rua do Riachuelo.”

Quais os pisos salariais dos policiais militares em cada estado?
Veja abaixo, em ordem decrescente, os salários em todos os estados.
1. Polícia Militar do Distrito Federal – R$ 4.269,56
2. Polícia Militar do Estado de Sergipe – R$ 3.306,96
3. Polícia Militar do Estado de Goiás – R$ 2.989,85
4. Polícia Militar do Estado do Tocantins – R$ 2.850,00
5. Polícia Militar do Estado do Mato Grosso – R$ 2.739,33
6. Polícia Militar do Estado de Santa Catarina – R$ 2.577,99
7. Polícia Militar do Estado da Bahia – R$ 2.557,37
8. Polícia Militar do Estado do Mato Grosso do Sul – R$ 2.453,09
9. Polícia Militar do Estado do Paraná – R$ 2.438,39
10. Polícia Militar do Estado de Minas Gerais – R$ 2.245,91
11. Polícia Militar do Rio Grande do Norte – R$ 2.200,00
12. Polícia Militar do Estado do Espírito Santo – R$ 2.196,66
13. Polícia Militar do Estado do Maranhão – R$ 2.121,39
14. Polícia Militar do Estado de Pernambuco – R$ 2.100,00
15. Polícia Militar do Estado do Amazonas – R$ 2.028,00
16. Polícia Militar do Estado de São Paulo – R$ 2.015,40
17. Polícia Militar do Estado de Rondônia – R$ 1.965,13
18. Polícia Militar do Estado de Alagoas – R$ 1.915,60
19. Polícia Militar do Estado do Amapá – R$1.871,73
20. Polícia Militar do Estado do Acre – R$ 1.811,77
21. Polícia Militar do Estado da Paraíba – R$ 1.534,26
22. Polícia Militar do Estado do Ceará – R$ 1.286,50
23. Polícia Militar do Estado do Pará – R$ 1.200.00
24. Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro – R$ 1.137.49
25. Polícia Militar do Estado do Piauí – R$1.127,20
26. Polícia Militar do Estado de Roraima – R$ 1.122,38
27. Brigada Militar do Rio Grande do Sul – R$ 996,20
(Salário dos policiais militares tendo base soldado de 1ª Classe)



Notem bem, esta situação não é de hoje, essas proporções vem se mantendo ao longo de anos. As negociações forram tentadas à exaustão, não se trata pois de um movimento surpresa ou repentino. Usando o argumento de que estes trabalhadores não poderiam fazer greve os governadores e demais autoridades se deram ao luxo de não negociar.

E como ficamos nisso tudo?

A mídia e as autoridades estão tentando de todas as formas desqualificar o movimento chamando-os dos mais diversos nomes. Acusando-os de movimento político, de não ligar para a população e mais outras coisas.
A presidenta Dilma já disse ser contra qualquer anistia para estes trabalhadores e se disse estarrecida, mas não se disse estarrecida com a disparidade salarial de estado para estado. Nosso papel deve ser o de pressionar o governador Sérgio Cabral, que mostra claramente o descaso com a segurança pública, assim como o faz com educação e saúde. A própria arrogância dos patrões é que conduziu a situação para este caos.
No caso do pinheirinho o governo federal gastou energia discutindo o conflito de poderes do judiciário, mas em momento algum vimos a Presidenta se manifestar sobre ser a favor ou contra o que se tornou uma catástrofe humanitária. Omissa como sempre questiona mais o movimento grevista que a necessidade de corrigir as desigualdades impostas a estes trabalhadores.

Todo apoio ao movimento grevista!

Pela a provação da PEC 300 e do piso nacional!

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