segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Belém: Lula entra por uma porta e o PSTU se retira pela outra

PSTU rompe com frente em Belém e chama voto crítico em Edmilson Rodrigues (PSOL) 


O PSTU anuncia sua ruptura com a Frente “Belém nas mãos do povo” em razão dos rumos políticos adotados pela direção do PSOL neste 2º turno na disputa da Prefeitura Municipal de Belém. Na capital paraense, foi composta uma frente eleitoral entre PSOL, PCdoB e PSTU, tendo Edmilson Rodrigues (PSOL) como candidato a prefeito. Essa frente foi montada com o objetivo de constituir uma alternativa eleitoral de esquerda para os trabalhadores da cidade, em base a um programa mínimo de enfrentamento com os setores da burguesia, de compromisso com os trabalhadores e o povo pobre e de independência de classe (política e financeira) em relação aos patrões e governos.

A coligação em torno da campanha do Edmilson polarizou a cidade e se concretizou em uma alternativa para todos os trabalhadores. Foi tão assim que, mesmo com um tempo de TV muito reduzido e inferior aos demais, Edmilson venceu o primeiro turno com 32% dos votos.

No interior da frente, desde antes de sua conformação, houve uma luta política para garantir um programa classista. O PSTU batalhou contra a presença do PCdoB, por ser um partido que apoia e compõe o Governo Federal, partido que não comunga com a oposição que PSTU faz politicamente ao governo Dilma. 

Além disso, durante a campanha, Edmilson recebeu apoio de Marina Silva e o PSOL aceitou a doação de dinheiro de empresas para financiar sua campanha. Ambas as ações estão contra as diretrizes de uma candidatura que reivindica governar para o povo pobre e os trabalhadores. O PSTU sempre exigiu publicamente que isso fosse revisto.

Lamentavelmente, a direção do PSOL sucumbiu de vez à lógica do vale-tudo eleitoral ao incorporar política e programaticamente neste 2º turno o PT e representantes da direita como o PDT, o PPL e até mesmo um vereador do DEM. O PDT é um partido que fez parte da base de sustentação do governo Duciomar Costa e da candidatura de Anivaldo Vale (PR) e tem como um de seus principais dirigentes o latifundiário Giovanni Queiroz. Já o PPL é uma sublegenda do PMDB. A reivindicação do apoio de Dilma e Lula por parte de Edmilson Rodrigues em sua campanha significam o abandono do perfil de uma candidatura de esquerda e socialista.

Nós do PSTU já alertávamos desde o 1º turno que o recebimento de dinheiro de empresários e a defesa de programas sociais compensatórios (Bolsa-Escola) como principal eixo de campanha de Edmilson já indicavam uma guinada à direita que abandonava o caráter classista e socialista que a frente deveria ter.

O espaço de massas conquistado pela candidatura de Edmilson e pela campanha da Frente “Belém nas mãos do povo” poderiam contribuir com o fortalecimento da luta da classe trabalhadora, do povo pobre e da juventude para enfrentar os ataques dos patrões e dos governos aos salários e direitos, como a nova reforma da Previdência que está sendo preparada e a tentativa de instituir o Acordo Coletivo Especial pelo governo com o objetivo de flexibilizar os direitos trabalhistas. 

A autoridade política da candidatura de Edmilson também poderia estar a serviço da luta contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, pela implantação de conselhos populares que decidissem sobre 100% do orçamento e pelo direito à educação, saúde, saneamento, moradia e transporte público e de qualidade.

Infelizmente, Edmilson e o PSOL optaram pelo caminho inverso. Resolveram trilhar o caminho da conciliação de classes no âmbito do programa e das alianças eleitorais.

O PSTU tem um compromisso com a classe trabalhadora e é coerente com aqueles que apostam em construir um projeto para transformar a sociedade. A presença do PSTU nessa frente, hoje, estaria em contradição com seu programa, e o lado que o PSOL tomou nos obriga a nos retirarmos da coordenação de campanha.

A mesma coerência que nos faz sair da coordenação da Frente ‘Belém nas mãos do povo’ também nos cobra um posicionamento contundente contra o PSDB. Zenaldo Coutinho é a representação política dos grandes empresários, latifundiários e banqueiros. Seu partido é o símbolo dos setores da burguesia que odeiam os movimentos sociais e que defendem a privatização de nossas riquezas, empresas e serviços públicos. Uma possível vitória de Zenaldo representaria um retrocesso para as lutas e para a consciência da classe trabalhadora em Belém.

Por isso seguimos chamando voto em Edmilson, um voto crítico, para derrotar a burguesia. Mas com essa coalização mantida, não temos nenhuma expectativa de que o PSOL será consequente com um governo para a classe trabalhadora, porque as alianças de hoje cobrarão seu preço amanhã. 

Fonte: PSTU
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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Sindipetro-RJ exige garantia de todos os empregos de Manguinhos


Cerca de 400 manifestantes, na maioria trabalhadores de Manguinhos, realizaram protesto na manhã desta quinta (18) contra a desapropriação da refinaria e pela garantia dos postos de trabalho. Com a coordenação do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro, o ato chegou a fechar todas as pistas da Avenida Brasil em direção ao Centro do Rio por cerca de 10 minutos. No final da manhã, o Sindipetro-RJ foi recebido por diretores da companhia que se comprometeram com o pagamento dos salários de outubro e ainda destacaram que não existe política de redução de quadros, pelo contrário, afirmaram que a empresa está contratando funcionários.
No decorrer da atividade, moradores da região usuários da Usina da Cidadania, projeto social patrocinado pela refinaria, chegaram para encorpar a mobilização. Os trabalhadores levaram faixas, cartazes e apitos para mostrar sua indignação com decisão do governo do Estado de desapropriar a refinaria de Manguinhos sem qualquer diálogo com os petroleiros que temem perder o sustento de suas famílias.
No encontro desta manhã com os diretores da refinaria Edson, Jorge Monteiro e Antônio Sena, ficou marcada uma nova reunião para segunda (22), às 10h. À tarde, o Sindipetro-RJ esteve na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro com o deputado Paulo Ramos, onde foi gravada uma entrevista sobre a situação de Manguinhos para a TV Alerj(12 NET), sexta (19), às 20:30h. O deputado irá realizar uma audiência pública e solicitará uma reunião com governador Sérgio Cabral.
O Sindipetro-RJ ainda enviará um ofício a presidenta Dilma Rousseff, com cópia para o governador e direção da refinaria, cobrando que não haja o fechamento de Manguinhos e nem qualquer demissão. Os trabalhadores apoiam o pacote de obras sociais anunciadas pelo Sérgio Cabral no Complexo de Manguinhos, mas não aceitam que para isso tenham de perder seus empregos. Os petroleiros prometem novas ações e protestos até que seus postos de trabalho estejam garantidos. Ainda exigem a manutenção da Usina da Cidadania, que tantos serviços sociais têm oferecido à comunidade da região com reforço escolar, oficinas profissionalizantes, culturais e esportivas.
Fonte: Sindipetro-RJ
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Benzeno faz mais uma vítima na Petrobrás


Infelizmente, após quase um ano lutando pelo direito de VIVER, o companheiro Enivaldo Santos Souza, carinhosamente chamado de Shalom, faleceu nesta quarta (18) em São Paulo, vítima da leucemia mielóide aguda. Doença adquirida devido à exposição ao benzeno, durante mais de 20 anos de trabalho, em unidades da Petrobrás\RLAM.
Infelizmente, mais uma vida ceifada pela Petrobrás, que mesmo depois de ser denunciada pelo GTB, CIPA, SINDIPETRO-BA, CNPBz e notificada, autuada, multada e interditada pelo MTE e CESAT, continua  a desprezar a vida dos trabalhadores, a não cuida da saúde e segurança de seus empregados.   Ele lutou por 11 meses contra a leucemia. O companheiro Enivaldo Santos Souza, Técnico de Operação da RLAM, e faleceu no Hospital Sírio Libanez\SP,  onde fez transplante de medula óssea. O benzeno da Petrobrás o matou.   A família petroleira da Bahia e do país, a direção do Sindipetro Bahia, amigos e companheiros estão de luto e solidários à família de Shalom. Sua morte não será em vão, continuará a ser nossa bandeira de luta contra esse descaso da Petrobrás.
Até quando veremos vidas dizimadas nas áreas operacionais da Petrorás¿ Até quando a Petrobrás cometerá o crime de expor a vida e a saúde dos trabalhadores à sanha do lucro, à irresponsabilidade de gestores de todos os escalões? Até quando a Petrobrás deixará de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho?
Até quando?
SEPULTAMENTO Será nesta quinta (19), às 15h, no cemitério da Baixa de Quintas; o corpo será velado na Ordem 3ª de São Francisco.

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Morre mais um Trabalhador da Petrobrás vítima do BENZENO


Sindicato na BA denuncia morte de petroleiro por benzeno e faz protesto

Ação acontece em frente à Refinaria Landulpho Alves, na região metropolitana. Sindicato diz que trabalhadores da Petrobras continuam sendo expostos.
Cerca de 300 funcionários da Petrobras realizam na manhã desta sexta-feira (19) um protesto em frente à Refinaria Landulpho Alves, que fica situada na cidade de São Francisco do Conde , na região metropolitana de Salvador . Segundo Deyvid Bacelar, diretor do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA), o movimento é contra a morte de um trabalhador da empresa, que teria morrido na quinta-feira (19) devido a exposição a benzeno enquanto trabalhava.
“Infelizmente uma morte anunciada ocorreu. Um companheiro nosso, que era operador da unidade, falece por conta da exposição ao benzeno. Ele estava internado desde dezembro do ano passado. Ele chegou a fazer um transplante de medula, mas não resistiu”, afirma Bacelar.
Segundo o diretor do sindicato, os trabalhadores impedem a entrada de funcionários na unidade. “Outros operadores que têm que coletar amostra continuam se expondo. Estamos impedindo a entrada na refinaria. Ônibus de trabalhadores estão retornando para casa. Estamos falando que é um dia de luto e poucas pessoas estão ficando”, diz. A Polícia Rodoviária Estadual informou que os trabalhadores não fecharam as vias de acesso a unidade.
Por meio de nota, a Petrobras informou que lamenta a morte do funcionário e que presta assistência à família da vítima. A empresa diz ainda que "mantém um rigoroso monitoramento ocupacional e biológico dos seus trabalhadores, seguindo as orientações do Acordo Nacional do Benzeno". Segundo a Petrobras, todas as unidades operacionais da empresa estão em conformidade com a legislação e regulamentações nacionais.
Problema recorrente 

No dia 14 de julho o Sindipetro-BA denunciou o vazamento de benzeno na Refinaria Landulpho Alves.  O Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador (Cesat) confirmou o vazamento no dia 17. Segundo Alexandre Jacobina, coordenador do Cesat, o problema pode ter sido causado pelas drenagens e por uma tentativa de descobrir um furo em uma tubulação.

Na ocasião, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Bahia (SRTE/BA)  determinou a interdição dos setores em que ocorreu o vazamento. “A equipe da SRTE/BA retornou ao local, juntamente com um especialista em higiene ocupacional da Fundacentro e o Sindicato dos Trabalhadores Petroleiros da Bahia, e verificou que, embora a empresa tenha adotado algumas medidas de controle dos riscos químicos, como a drenagem dos agentes químicos, ainda não foi sanada a situação que gerou o vazamento durante a drenagem de produtos químicos, razão pela qual foi mantida a interdição”, comunicou a Superintendência em nota enviada à imprensa.
O gerente geral da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), Cláudio Pimentel, chegou a ser notificado pela Cesat, que determinou que a direção da RLAM realize com urgência a manutenção dos atuais pontos de vazamento e que a drenagem só seja feita em sistema fechado, de forma a não permitir ocorrer emissões de substâncias com presença de benzeno.
Benzeno dentro dos limites 

A Petrobras afirmou na época que as medições da presença de benzeno realizadas por técnicos do Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador (Cesat) confirmaram que não existe risco aos trabalhadores. Segundo nota enviada à imprensa, apenas em uma área isolada da unidade algumas medições registraram a presença de benzeno em valores que exigem a utilização de equipamentos de segurança. A empresa acrescenta que o acesso a essa área é feito exclusivamente após a autorização da Segurança Industrial e com o uso de equipamentos adequados.

“Os níveis de benzeno encontrados nesta área são pertinentes ao processo de liberação da unidade para parada de manutenção e não estão associados ao vazamento de nitrogênio com traços de hidrocarboneto e benzeno identificado na sexta feira, cujo sistema está inoperante e bloqueado”, diz a nota.
Fonte: G1

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Os interesses por trás da expropriação da Refinaria de Manguinhos


A refinaria de Manguinhos tem uma história marcada por grandes contradições. A empresa viveu momentos de glórias quando era propriedade da família Peixoto de Castro. Constituiu um gigante conglomerado industrial e comercial, com banco, refinaria, complexo petroquímico, incorporadora, haras e imobiliária entre outros negócios.
Manguinhos chegou a ser estatal por alguns meses no governo João Goulart e depois, com o golpe militar em 1964, voltou a iniciativa privada. Mas na verdade grande parte do sucesso da empresa se deve aos pesados subsídios que eram repassados pelo governo federal. Quando terminou o subsídio, a empresa foi à bancarrota.
Hoje, Manguinhos enquanto refinaria não existe. Estranhamente sua atual diretoria anuncia aumento no refino. Intitula-se em outdoor na porta da refinaria como “a refinaria privada que mais cresce no país”. Até o próprio governador Sérgio Cabral diz que há muito tempo Manguinhos não funciona como refinaria, o que concordarmos.
Além disso, a refinaria está instalada sobre concessão em terra da União. Uma refinaria sucateada fora de funcionamento desde 2005, com um parque de tanques de armazenamento de combustível razoável e com um oleoduto interligado à baía de Guanabara com precária manutenção, que acarretou recentemente mais um acidente com vítima fatal. Será que vale a pena o estado pagar R$ 170 milhões para desapropriá-la?
O custo para eliminar os riscos de doenças oriundas dos derivados de petróleo no local vai muito além do valor anunciado pela desapropriação. Trata-se de uma área contaminada há mais de meio século por diversos poluentes químicos, acumulando um altíssimo passivo ambiental.
Além disso, só a médio, longo prazo os riscos ambientais e humanos poderão diminuir. Construir residências no local da refinaria de Manguinhos é tão absurdo como mantê-la próxima ao centro e entre favelas.
A grande preocupação do Sindipetro-RJ é que essa seja apenas mais uma manobra para favorecer os donos da empresa. Vamos lutar para garantir o emprego dos trabalhadores de Manguinhos. Cabral e o Governo Federal não podem permitir mais uma vez a demissão em massa de trabalhadores em Manguinhos como já aconteceu em 2004. Em 2011 e 2012 ocorreram novas demissões contrariando as promessas em notas amplamente divulgadas de novas contratações.
Os trabalhadores da refinaria ao longo da história têm sido usados como massa de manobra pela direção da empresa para conseguir benesses do Estado. A Petrobrás, como a principal empresa de petróleo no país e das maiores no mundo, deveria ser envolvida para decidir o destino da refinaria de Manguinhos e dos trabalhadores!
Fonte: Sindipetro-RJ
Via: FNP

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