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Boletim da Liga Internacional dos Trabalhadores Nº219


Quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Boletim LIT-QI 219

Londres 2012: um espetáculo do esporte ofuscado pelo capital

Enquanto atletas testam os limites da capacidade humana, multinacionais tornam essa festa cada vez mais excludente. Mais rápido, mais alto, mais forte. O velho lema olímpico, inspirador do esforço de gerações de atletas pela glória...leia mais.

XII Congresso do PST: Um avanço importante na sua construção

Nos dias 13, 14 e 15 de julho, na cidade de Tegucigalpa, aconteceu o XII Congresso Ordinário do PST, o primeiro após seu retorno à LIT-QI, que foi definido no Congresso Extraordinário no mês de maio de 2011...leia mais.

Congresso Nacional de Estudantes Universitários

Neste momento, a juventude em nível mundial enfrenta uma série de ataques contra os seus direitos. Na América Latina, o ataque que recebe a educação pública é claro, o que exige uma resposta organizada...leia mais.
LIT-QI/Especial 30 anos: Bolívia
A insurreição traída
LIT-QI/Especial 30 anos: Mulheres
O morenismo e a questão das mulheres

O partido revolucionário e a legalidade

Partidos revolucionários existem para dirigir revoluções. Essa é sua razão de ser. O PSTU não foge à regra: somos aqueles que se organizam e lutam para fazer triunfar a revolução socialista brasileira. As revoluções...leia mais.

O outro lado das Olimpíadas

Nas Olimpíadas, enquanto os atletas correm atrás do ouro, o Comitê Olímpico vai em busca de militarização, mercantilização e controle social...leia mais.
Argentina
O governo e os patrões provocam a divisão da CGT
Brasil
O apagão das empresas de telefonia
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Apple, Inovação Sem Ética

A posição da Apple como líder mundial em inovação tecnológica trouxe grandes recompensas para aqueles que conduzem a empresa ou são acionistas dela, bem como elevou seu co-fundador Steve Jobs ao postode semideus. Entretanto, os homens e as mulheres que fabricam os produtos altamente lucrativos da Apple não estão indo bem, e a Federação Americana do Trabalho e o Congresso das Organizações Industriais (AFL-CIO, na sigla em inglês) querem muito mudar este
quadro.

“Quando se trata de tecnologia, a Apple revolucionou a indústria e
criou padrões que outras companhias aspiram atingir. Ela é a maior
companhia de capital aberto do mundo, valendo US$465 bilhões”, observa
o presidente da AFL-CIO, Richard Trumka, que completa: “O sucesso
recorde da Apple vem com um preço alto demais”.

Ele cita as notícias veiculadas de que os trabalhadores que montam
iPhones, iPads e iPods na Foxconn, o principal fornecedor da Apple na
China, “têm sofrido sem necessidade com danos permanentes e até mesmo
morrido em tragédias evitáveis, incluindo suicídios, explosões e
exaustão por conta dos turnos de 30 a 60 horas.” Há também relatos de
trabalhadores sofrendo de lesões por movimento repetitivo que causam
invalidez permanente. Outros foram expostos a toxinas.

As fábricas da Foxconn são estabelecimentos de longas jornadas e
baixos salários do pior tipo, mantendo-se graças ao trabalho infantil
e violações graves de direitos trabalhistas básicos. As condições de
trabalho são horríveis e brutais.

Então, o que fazer? Para começar, a AFL-CIO está se unindo a um
movimento global que irá apresentar centenas de milhares de petições
de ativistas de todo o mundo ao CEO da Apple Tim Cook. As petições
demandam que Cook se certifique de que os trabalhadores que fabricam
os produtos Apple sejam tratados de maneira justa e ética. O trabalho
deles é essencial para o sucesso da empresa e o desenvolvimento dos
produtos comprados e usados por milhões de pessoas.

O próprio Trumka é um dos clientes Apple satisfeitos. Ele usa um
iPhone, que ele descreve como “intuitivo e poderoso – uma máquina
incrível.”


Entretanto, a AFL-CIO insiste que a Apple “transforme a indústria por
ser ética e inovativa... e garanta que a qualidade de suas condições
de trabalho condigam com a qualidade de seus produtos.” Além disso, a
Federação quer que a Apple “permita imediatamente sindicatos
verdadeiros, inspeções independentes e treinamentos aos trabalhadores
em suas fábricas na China e em todos os lugares.

A Apple pode perfeitamente aceitar todas as demandas e mais algumas.
Os custos de manufatura, de acordo com o presidente da Federação, “são
apenas uma pequena porcentagem dos gastos da Apple. Os trabalhadores
chineses ganham apenas US$8 por um iPad de US$499, por exemplo,
enquanto a Apple embolsa US$150 do preço de revenda. A empresa está
montada em US$100 bilhões.

A gigante da tecnologia pode exigir que seus fornecedores melhorem as
condições de trabalho sob pena de perder o contrato. Um executivo que
não quis se identificar disse recentemente ao New York Times que “os
fornecedores teriam de mudar tudo amanhã se a Apple os dissesse que
eles não tinham outra escolha.”

O Times apresentou uma outra citação de uma fonte anônima diferente
que contradiz a afirmação da Federação a respeito da empresa ser
inovadora e ética. O executivo disse que há uma barganha entre
condições de trabalho e inovação: “Você pode ter manufatura em
fábricas confortáveis e adequadas ao trabalhador,” ou você pode
“fabricar melhor, mais rápido e mais barato, o que requer fábricas que
podem parecer grosseiras para os padrões americanos.”

A escolha da Apple, é claro, foi a de mudar sua produção para o
exterior onde ela consegue que o trabalho seja feito de modo “mais
rápido e mais barato” por trabalhadores altamente explorados e
facilmente manipulados sob condições que jamais seriam toleradas nos
Estados Unidos.

A Apple tenta se esquivar das acusações se unindo a um sindicato
patronal, a Associação do Trabalho Justo (FLA, na sigla em inglês)
para negociar as inspeções nas fábricas dos fornecedores. É pouco
provável que alguma coisa mude, já que a FLA foi fundada e é
controlada por corporações multinacionais que deveria investigar.

Como Richard Trumka aponta, “O que os líderes fazem importa. A Apple é
agora a líder na sua indústria. Por isso a AFL-CIO vai observar a
Apple mais de perto para garantir que a empresa aja corretamente com
os empregados que fabricam seus produtos – não importa onde eles
vivam.”

6 de março de 2012.
Por: Dick Meister

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Dia Internacional de Luta da Mulher


Da Praça Tahrir a Syntagma, da Plaza del Sol a Ocuppy Wall Street, as mulheres estão na luta

Não ao machismo e à opressão!
Em defesa dos direitos das mulheres: abaixo os planos de ajuste!
Que os capitalistas paguem pela crise!

Uma das imagens mais impactantes que percorreu o mundo foi a de uma ativista egípcia sendo brutalmente agredida, arrastada, pisoteada e com sua roupa sendo arrancada pelos soldados do exército egípcio.

Uma cena que marca a brutalidade, a barbárie e a injustiça capitalista expressa em uma furiosa violência machista. Mas também mostra a firmeza, a valentia e a coragem das que lutam. Uma cena, entre tantas, que imprimiu às revoluções no norte da África e no Oriente Médio, além do protagonismo popular e da juventude, um rosto de mulher.

No Egito foram as mulheres operárias do setor têxtil que fizeram a primeira greve que originou o ascenso operário contra Mubarak. Foram elas que percorreram as demais fábricas para convencer seus companheiros de classe a se unirem à greve. Esta mesma fábrica têxtil de Mahalla al Kubra convocou a greve de 6 de abril de 2008, ocasião em que foram duramente reprimidas.

Os jovens que iniciaram os protestos na Praça Tahrir depois se autodenominaram Movimento 6 de abril, em apoio à classe operária têxtil. Enfrentando a ditadura e a opressão, as mulheres, com véus e sem véus, estiveram na Praça Tahrir e continuam na luta, enfrentando o governo e também o machismo.

Na Europa, do outro lado do oceano, a crise capitalista e os sucessivos planos de ajuste, cortes e superexploração contra a classe trabalhadora atingem profundamente as mulheres e seus direitos, conquistados com muita luta. É sobre as mulheres e demais setores oprimidos, como os imigrantes e a juventude, que primeiro recaem os efeitos da guerra social que os capitalistas estão levando adiante contra a classe trabalhadora. Junto à destruição do chamado Estado de Bem-estar, estão atacando todas as conquistas que as mulheres trabalhadoras obtiveram.

Diante disso, há anos os governos capitalistas procuram apresentar uma mentira: a de que as mulheres estariam praticamente emancipadas sob este sistema, cuja característica principal é a exploração e a desigualdade. 

A verdade é que a desigualdade e a opressão são uma arma útil à exploração. Inclusive nos países onde a classe e as mulheres obtiveram mais conquistas, estamos longe de ter igualdade: as mulheres ganham um salário inferior ao dos homens em todo o mundo. Essas cifras variam de 16% na Suécia ou Dinamarca, a 23% na Alemanha, a 33% no Brasil e entre 26 e 30% na Argentina.

A violência é outro dado aterrador que vem aumentando em todo o mundo. A pobreza e a fome atingem mais as mulheres: 70% dos que vivem submersos na pobreza são mulheres.

As mulheres, que nos anos de crescimento econômico são superexploradas e incorporadas ao mercado de trabalho ganhando menos, em anos de crises, em geral, são as que arcam com o custo dos ajustes e cortes sociais.

É verdade que nós mulheres, especialmente como produto da luta das trabalhadoras de conjunto, obtivemos uma série de conquistas. Mas todas estão permanentemente ameaçadas.

Na Europa de hoje, por exemplo, todos os governos aplicam os planos de ajuste da troika, da União Europeia, do FMI, planos que estão atacando todos os direitos duramente conquistados. Cada corte social gera desemprego e, especialmente neste momento, com as demissões no serviço público, demissões em massa de mulheres em setores como educação e saúde, por exemplo, além de jogar para o âmbito doméstico tarefas que antes eram realizadas pelo Estado, como o cuidado de doentes, idosos, crianças ou inclusive a tentativa de dificultar ou diminuir a duração da licença-maternidade. Às medidas práticas acrescenta-se uma campanha reacionária e conservadora em defesa de que o lugar da mulher é o lar. A igreja, por exemplo, em países como Espanha e Portugal, por meio dos bispos, tem feito declarações nos meios de comunicação falando diretamente este tipo de aberrações.

Há uma ofensiva ideológica também contra o aborto legal e de medidas práticas, com cortes na saúde e de direitos, que o dificultam, como na Inglaterra e Espanha. As leis que existiam em prol da igualdade, que não eram aplicadas e nem a garantiam efetivamente, estão na mira, o que aprofundará em muito a desigualdade, a opressão e, com isso, a exploração de toda a classe operária.

Mas também nas manifestações na Europa as mulheres estão em luta e, como no Egito, destacam-se e têm grande peso, como nas últimas manifestações multitudinárias que ocorreram no Estado espanhol.

Na América Latina temos a dupla jornada, a desigualdade salarial, a falta de creches, a crescente violência contra as mulheres e a impunidade dos assassinos, como no Brasil, ou diretamente a fome, como no Haiti, ou ainda o fato terrível da morte de mulheres por abortos mal feitos e de forma clandestina, por não ser legalizado e ainda ser criminalizado. Muitas mulheres morrem por abortos feitos em condições precárias.

Assim como as mulheres são as primeiras a sofrer as consequências das injustiças e dos ataques dos governos, também estão entre os primeiros a sair a lutar.

Assim foi com outra foto divulgada nas redes sociais: a de uma mulher do Pinheirinho (bairro com mais de 6.000 pessoas construído a partir da ocupação de terrenos urbanos no Brasil), com seus filhos, rodeada de fogo e bombas que a polícia lançava durante a desocupação violenta realizada nesse bairro, uma ação autoritária e de violação flagrante dos direitos humanos que impactou os brasileiros e repercutiu em todo o mundo.
 
As “damas de ferro” não nos representam

O capitalismo e muitas organizações de mulheres querem apresentar como uma conquista que nos beneficiaria os governos capitalistas de Ángela Merkel, Bachelet, Cristina Kirchner ou inclusive Dilma Rousseff. Como se as mulheres burguesas e trabalhadoras fossem iguais, bastando apenas conquistar mais lugares para as mulheres sob o capitalismo.

Mas a opressão da mulher trabalhadora é diferente da que sofre a mulher burguesa, pois para nós a opressão significa exploração e dupla jornada. E cada mulher capitalista, mais ainda as dirigentes capitalistas, atua em prol do aprofundamento da opressão das mulheres, na medida em que conduzem os cortes e a exploração.

Cumprem um papel absolutamente reacionário, como, por exemplo, o da vice-presidente do governo de Rajoy na Espanha, Soraya Sáenz de Santamaría, que recentemente defendeu que as mulheres possam ter as licenças-maternidade diminuídas, para apenas 10 dias após o parto. Para ela é fácil, pois esta conservadora tem todas as condições para explorar outras mulheres e fazer com que cuidem de seus filhos, além de revelar uma profunda ignorância sobre as necessidades de cuidado das crianças.

Em plena ofensiva contra a classe operária e sobre as mulheres trabalhadoras, apresenta-se como um grande filme e exemplo a vida de Margareth Thatcher, a “Dama de Ferro”, como se uma das maiores defensoras da exploração e da desigualdade no mundo fosse uma conquista da emancipação das mulheres.

Ou mais ainda Dilma Rousseff, em quem a classe operária e as mulheres têm muita expectativa, mas que, para garantir suas alianças com a classe dominante e com a Igreja, não se opõe à campanha reacionária contra a descriminalização do aborto, colocando em risco de retrocesso a pouquíssima assistência que as mulheres têm neste caso.

Nós da LIT-QI dizemos claramente: Essas mulheres não nos representam!


Trabalhadoras e trabalhadores unidos contra os governos capitalistas e a opressão

A igualdade não é possível sob o capitalismo, já que este sistema é campeão em desigualdade.

As mulheres têm que lutar cotidianamente pelos mais mínimos direitos sob este sistema, para conquistá-los e defendê-los. Mas cada conquista mínima estará sempre ameaçada, porque a razão de ser do capitalismo é o lucro e a exploração em benefício do sistema financeiro e dos capitalistas. E os capitalistas usarão permanentemente a discriminação como arma para conseguir mais exploração.

Assim mantém sob a opressão mais da metade da população do planeta: as mulheres. A opressão atinge mais ainda as mulheres que integram outros setores oprimidos pelo capitalismo, como as mulheres jovens, negras, imigrantes ou lésbicas.

Na crise econômica mundial em que vivemos, esta face perversa se aprofunda e os ataques se tornam mais brutais e colocam em risco todas as conquistas duramente obtidas.

Nesta luta, as mulheres burguesas em geral estão com sua classe, defendendo os planos de ajustes.

As mulheres burguesas podem se somar a algumas lutas, como na defesa da legalização do aborto, mas estarão sempre limitadas em sua atuação, sobretudo em tempos como este, em que se trata de se enfrentar duramente com os governos capitalistas e seus planos de exploração.

Mas a conquista da emancipação só poderá ocorrer sob outro sistema, sob um sistema sem exploração que só é possível se fizermos a revolução socialista. E esta luta une as mulheres e os homens da classe trabalhadora.


Os trabalhadores precisam assumir conosco a luta contra a opressão, pois a revolução socialista é impossível sem a participação das mulheres

A classe trabalhadora de conjunto, ou seja, também os homens da classe trabalhadora precisam assumir as bandeiras da emancipação e libertação das mulheres e as lutas por nossos direitos.

Pois os homens trabalhadores que defendem ou praticam o machismo fazem, consciente ou inconscientemente, o jogo que o sistema, a patronal e seus governos querem.

A luta contra a opressão e as desigualdades precisa ter voz na luta da classe trabalhadora, para fazê-la mais forte agora mesmo na luta geral para que esta crise não seja paga por nós, trabalhadoras e trabalhadores.

E também porque devemos lutar por um mundo sem exploração, mas também sem opressão.

As mulheres devem continuar se somando à luta!

Cada vez somos mais as mulheres trabalhadoras que nos somamos à luta em defesa de nossos direitos, na luta contra os cortes e “ajustes”, na luta contra o capitalismo e seus governos, na luta pelo socialismo. É dever das e dos revolucionários impulsionar uma maior participação das mulheres em suas organizações e incorporá-las à luta. Isto é estratégico, pois, sem a participação efetiva das mulheres (metade da força de trabalho no mundo), não existe possibilidade de manter ou obter novas conquistas, muito menos de chegar ao socialismo.

Por isso, neste 8 de março, nós da LIT-QI fazemos um chamado a todas as mulheres trabalhadoras a se organizar, a sair a lutar e, nesse mesmo processo, a construir conosco, homens e mulheres, partidos revolucionários como parte de uma Internacional.

·      Que os capitalistas paguem pela crise!
 
·      Em defesa dos direitos das mulheres: abaixo os planos de ajuste!
 
·      Em defesa dos serviços públicos!
 
·      Contra o desemprego: redução da jornada de trabalho sem redução de salário!
 
·      Salário igual para trabalho igual!
 
·      Fim de toda violência contra a mulher!
 
·      Castigo exemplar para assassinos, agressores ou estupradores de mulheres!
 
·      Descriminalização e legalização do aborto: Anticonceptivos para não abortar, aborto legal, seguro e gratuito para não morrer!

Secretaria Internacional da Mulher
Liga Internacional dos Trabalhadores
Março de 2012
 
Tradução: Rosangela Botelho
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Urgente: Sede do PSTU argentino sofre atentado



Na noite da última sexta-feira, dia 27, um grupo de 5 a 6 pessoas armadas – de acordo a testemunhas-, entraram a força na sede do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (Argentina) na cidade de Comodoro Rivadavia.
Depois de produzir destruição e desordem, além de pichar as paredes com mensagens, tentaram incendiar as instalações. Também roubaram dois computadores e outros bens, bem como a documentação sobre a legalização do partido e quantidades de assinaturas já reunidas.
Todo o fato demonstra o objetivo de intimidar, próprio de bandos ou gangues de outras épocas. É um claro ataque político, que não pode estar separado do clima político do país e da província, bem como da atividade do PSTU argentino.
O PSTU é reconhecido por sua constante luta contra o saque do petróleo e dos minérios por parte das multinacionais. Defendemos a estatização dos recursos naturais, a defesa da soberania, dos direitos dos trabalhadores, da educação e da saúde públicas e os direitos humanos em geral, bem como pela necessidade de uma definitiva independência de nosso país e pelo socialismo. Portanto, estes fatos não podem deixar de ter conexão com um momento em que as grandes operadoras petroleiras e mineradoras multinacionais estão em uma ofensiva para saquear nossos recursos e contra os trabalhadores, que hoje resistem essa ofensiva.
Exigimos dos governos nacional, provincial e municipal, bem como da justiça, a mais profunda investigação e punição aos implicados na invasão – materiais e intelectuais. Todas as instâncias governamentais são responsáveis pela segurança de militantes, filiados e das sedes locais, pois tem o dever de velar pelos direitos políticos populares elementares. Assim, a Direção Nacional do PSTU iniciou o contato com os âmbitos oficiais nacionais respectivos, tais como o Ministério do Interior, de Justiça, e a Secretaria Nacional de Direitos Humanos.
Convocamos todas as organizações que defendem os direitos democráticos, partidos políticos, organizações sindicais, sociais, organismos de Direitos Humanos e personalidades de todos os âmbitos, a somar ao repúdio a esse atentado, e para também exigir a investigação e punição dos responsáveis.

Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado



Escrito por PSTU – Argentina   
Sáb, 04 de Fevereiro de 2012 14:12
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Conheça a absurda realidade da produção na China


Trabalho infantil, turnos que passam de 16 horas e falta de direitos trabalhistas constituem um cenário comum nas linhas de montagens de grandes companhias.
A edição do programa de rádio This American Life que foi ao ar no dia 6 de janeiro revela um lado bastante desagradável do mundo da tecnologia. Em uma visita à fábrica da Foxconn na cidade chinesa de Shenzhen, o repórter Mike Daisey  descobriu que não é incomum crianças fazerem parte das linhas de montagem, chegando a trabalhar até 16 horas seguidas.
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Portugal, Política de terra queimada


Para quem ainda tinha dúvidas sobre os efeitos das medidas de austeridade do governo e da troika sobre a população e a economia, este final de ano encarregou-se de dissipá-las. Alguns números e previsões divulgados são estarrecedores e bastante reveladores de como será o ano de 2012:

Os portugueses vão perder 5,4% de remuneração real, o valor mais baixo desde 1985, segundo os cálculos do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE);


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Portugal - Marcha da Indignação

Para dia 21 de janeiro está convocada, pela Plataforma 15 de Outubro (15.O), a Marcha da Indignação, para reivindicar direito ao trabalho com direitos, denunciar as privatizações dos setores estratégicos da economia e exigir a suspensão do pagamento da dívida e a retirada da troika do país. Temos que inaugurar um novo ciclo de mobilizações contra a política de austeridade. 

- Pela Democracia participativa.

- Pela transparência nas decisões políticas.
- Pelo fim da precariedade de vida.
Local: Marques de Pombal, Portugal.
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As mobilizações de massa começam com 29 sindicatos em greve e 1000 passeatas

Mais de 2 milhões de trabalhadores entraram em greve em 30 de novembro contra a reforma da previdência - onde os trabalhadores terão de pagar mais, trabalhar mais e receber menos. Houve mais de 1000 manifestações no país e juntaram-se muitos mais para protestar contra o aumento das matrículas das uversidades, o ataque às aposentadorias estatais e a privatização. Para muitos, foi a sua primeira greve e manifestação de massa e haverá muitos mais. A mensagem era clara; os 99 % não vão pagar pela crise do capitalismo.
Mais de 50 mil marcharam no centro de Londres, em Manchester foram 30 mil, 20 mil em Bristol e Liverpool presenciou uma passeata com mais de 15 mil pessoas. O grande número de manifestantes em cada região reflete o número de trabalhadores do setor público.


Este foi o maior dia greve do setor público. Escolas, faculdades, universidades, hospitais e serviços de saúde, serviços públicos municipais, controle de fronteiras, transportes e serviços públicos nacionais, envolvendo um total de 29 sindicatos estavam em greve. Havia 285 mil trabalhadores municipais em greve e muitas escolas fechadas: 99 % na Escócia, 86 % no País de Gales, 66 % na Irlanda do Norte e 62 % na Inglaterra.


Esta greve foi exigida e organizada por 100 mil trabalhadores de base e, apesar dos esforços do governo para dividir a classe trabalhadora entre os setores público e privado, as greves e as manifestações ganharam apoio de massa. Os sindicatos procuraram negociar com o governo ao longo de muitos meses sem sucesso e, ao mesmo tempo, a raiva popular é crescente contra o governo.


O governo argumenta falsamente que as aposentadorias do setor público são banhados a ouro (porém, 50 % ganham £ 5.600 ou menos) e que os trabalhadores do setor privado estão sofrendo as consequências, com o objetivo claro de dividir a classe trabalhadora.


No dia anterior à greve, o Ministro da Fazenda, George Osborne, divulgou o orçamento de outono, que foi uma nova declaração de guerra e que divide a classe trabalhadora por gerações, por regiões (redução de postos públicos nas regiões mais pobres), e prometeu austeridade contínua, congelamento salarial do funcionalismo público de por mais dois anos (após quatro anos de congelamento de salários) e anunciou um corte de 16% nos salários e benefícios do setor público até 2015. Era um orçamento que ataca mortalmente os 30 % mais pobres da população.

Os ataques atingem mais as mulheres, pois 73 % dos trabalhadores do setor público são do sexo feminino, e é por isso que tantas estavam em greve. O Instituto de Responsabilidade Orçamentária acredita que 710 mil postos de trabalho do setor público serão cortados, enquanto a participação do setor industrial no PIB do país é de apenas 10 %. A Grã-Bretanha não é e não será capaz de exportar sua saída da crise.

Osborne, do Partido Conservador - conhecido como Tory-, falou de 7 anos de medidas de austeridade para que a Europa resolva seus problemas atuais, em uma semana em que muitos bancos e multinacionais defendem medidas de contingência para a Grécia deixar o euro, pois já assumem que a Europa não vai resolver seus problemas. Muitos comentaristas estão declarando abertamente que esta crise será mais longa e mais profunda do que 1929 e muitos mais estão discutindo a possibilidade de uma quebra ainda maior.


É essencial que os sindicatos lutem contra os ataques e construam uma luta para mobilizar todos os trabalhadores. Segundo uma pesquisa de opinião do Daily Mirror, 82 % apoiaram a greve. A burocracia sindical de direita apoia-se no líder do Partido Trabalhista, Ed Miliband, que se opõe à greve. O NUT (Sindicato dos Professores), PCS (sindicato dos funcionários públicos) e o UCU (sindicato dos trabalhadores de universidades) defendem novas greves se o governo não responder a suas demandas. No entanto, a declaração do ministro deixou claro esta é a guerra de classe e que pretende fazer a classe trabalhadora pagar.

Uma cooperação mais estreita está acontecendo entre os sindicatos dos professores e outros, mas isso deve ser desenvolvido de forma permanente, com um programa que envolva os usuários dos serviços públicos, incluindo a luta da juventude contra o desemprego e por uma formação profissional e educação adequadas, que significa uma luta contra a privatização da educação.


Nada pode ser resolvido com as empresas e bancos privados. Todos os bancos, bem como todas as multinacionais que estão destruindo a economia juntamente com os bancos, devem ser estatizados e todos os serviços que foram privatizados devem ser imediatamente devolvidos à propriedade pública. Na verdade este é o programa tradicional do Partido Trabalhista, mas nunca foi totalmente aplicado por eles. Apenas uma tímida implementação ocorreu após a 2 ª Guerra Mundial.

Precisamos de ação conjunta entre o setor público e privado para combater o desemprego, os cortes nos salários e contra os planos do governo para impor cortes em todos os setores da classe trabalhadora, sejam empregados ou desempregados. Os sindicatos do setor público devem convidar e exortar os trabalhadores do setor privado a fazer greves porontra suas aposentadorias, empregos e salários. A razão pela qual a burocracia sindical do TUC (Trade Union Congress) - a central sindical inglesa - não organiza tal ação é seu medo de desencadear algo que não consigam mais controlar.


Como muitos comentaristas da Inglaterra já admitem, nós estamos à beira de uma catástrofe não apenas na Grã-Bretanha, mas também na Europa, e a grande questão é como os trabalhadores podem aprender uns com os outros com as lutas na Europa. A burocracia de direita está tentando bloquear um verdadeiro movimento europeu, mas as trocas de experiências entre os trabalhadores e estudantes que começaram podem furar o bloqueio.


Agora que os sindicatos britânicos estão começando a se mover novamente, eles terão de discutir em assembléias democráticas e em todos os órgãos democráticos do sindicato um programa de mobilização de todo o movimento sindical, que terá de incluir: patrimônio público sob responsabilidade pública, empregos para todos e um ligação profunda com todos os sindicatos e os trabalhadores europeus para tomar as ruas e lutar contra a austeridade.

Escrito por International Socialist League   
Ter, 13 de Dezembro de 2011 20:00
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