O partido do presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou nesta quarta-feira que vai expulsar o deputado Christian Vanneste, político conhecido por sua homofobia.
Em entrevista coletiva, o secretário-geral da UMP (União por um Movimento Popular), Jean-François Copé, anunciou as sanções contra Vanneste, decretadas "por unanimidade" devido às declarações do parlamentar, consideradas por ele como "inaceitáveis, profundamente chocantes e intoleráveis".
Copé detalhou que a expulsão deverá ser formalizada na próxima reunião da direção da UMP, na quarta-feira, e que ele será ainda excluído da lista do partido como candidato para as eleições legislativas deste ano.
Outro deputado do partido conservador que participou das decisões, Eric Ciotti, as justificou pelas "manifestações provocativas" de Vanneste contra os homossexuais, que evidenciaram que esse político tem "valores totalmente diferentes dos demais".
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A sanção ocorreu em meio às críticas generalizadas dos partidos franceses, após a divulgação do vídeo de 20 minutos de Vanneste. Ele aparece criticando as propostas do governo de legalizar as uniões homossexuais e, em particular, o casamento. Também condena "o aumento da homossexualidade na sociedade" e "a crescente deformação dos fatos" relacionados ao assunto.
No trecho mais polêmico de seu discurso, Vanneste mencionou a "famosa lenda da deportação dos homossexuais" pelos nazistas e indicou que enquanto "a Alemanha reprimiu os gays, com 30 mil expatriados, outros locais não fizeram o mesmo".
"Não houve deportação de homossexuais na França", e ressaltou que metade dos intelectuais franceses que durante a ocupação "homenagearam" o chefe da propaganda nazista, Joseph Goebbels, "era gay".
O deputado do departamento de Nord e que no passado já havia provocado a reação de grupos de homossexuais por questionar se são normais, afirmou no vídeo que "um dos principais fundamentos da homossexualidade é o narcisismo" e que um gay "rejeita pessoas de outro sexo" e se sente atraído "pela própria imagem".
Vanneste negou o número de 300 mil famílias homossexuais na França, que segundo seus cálculos, "são no máximo 20 mil".
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