quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Petrobrás e antiga federação preparam a desmobilização dos trabalhadores. A FNP resiste!


Petrobrás omite posição da FNP sobre proposta de antecipação do IPCA


Assim como ocorreu no ano passado, a Petrobrás está propondo no início das negociações do ACT 2012/2013 uma proposta de antecipação de reajuste pelo IPCA (5,24%) nas tabelas salariais e na Remuneração Mínima (RMNR).

Embora a empresa afirme que “a concessão da reposição da inflação antes mesmo do início das negociações demonstra a predisposição da companhia em buscar atender às reivindicações…”, sabemos que esse é, na verdade, mais um mecanismo usado pela empresa, em parceria com a FUP, para desmobilizar a categoria. Fracionar a negociação não é uma novidade e a categoria, por experiência própria, sabe que este artifício enfraquece a luta.

A FNP já discutiu a antecipação com a empresa na 1ª mesa de negociação, que ocorreu no dia 5 de setembro. Mesmo sabendo do prejuízo que tal antecipação significa, uma vez que limita nosso poder de exigência nas negociações, os dirigentes da FNP ressaltaram que se há interesse da empresa em realizar a antecipação, que ela então seja feita com base em nossa reivindicação. Ou seja, 10% de ganho real e o ICV-DIEESE, o que totaliza aproximadamente 16% – incorporados ao salário básico da categoria (ativos, aposentados e pensionistas).

A FNP lamenta o fato de que o RH Corporativo, conduzido pelo ex-sindicalista e hoje gerente Diego Hernandes, tenha omitido o posicionamento da FNP quanto à antecipação. Isso porque no dia 5 de setembro, por meio de ofício (clique aqui e leia), a FNP enviou à companhia a sua posição sobre a antecipação. Entretanto, até hoje nenhuma linha sobre tal pleito foi divulgada pelo RH Corporativo aos empregados.

Com isso, mais uma vez, Diego Hernandes demonstra sua inclinação em favorecer a FUP, uma vez que dá tratamento diferenciado às duas federações. De um lado, amplo destaque e cobertura privilegiada; de outro, omissão de nossos pleitos e informações fragmentadas. Para piorar, tenta a qualquer custo atropelar as negociações, já que o mesmo RH diz que o limite para assinatura do Termo de Compromisso para ter direito a receber o IPCA (5,24%) no dia 25/09 é o dia 13/09, justamente no dia da reunião com a FNP. Tal conduta é uma afronta aos petroleiros representados pelos sindicatos que formam a FNP.

Nos dias 13 e 14, a FNP e a Petrobrás voltam a se reunir no Edise, Rio de Janeiro, para retomar as discussões do ACT. Na ocasião, serão discutidos todos os itens da pauta reivindicatória da categoria. Esse detalhamento da pauta foi uma exigência dos dirigentes durante a primeira reunião, uma vez que a empresa insiste em discutir apenas as cláusulas econômicas. Além disso, aproveitaremos a oportunidade para cobrar da empresa mais transparência em seus informativos.

Logo após os encontros com a empresa, a Diretoria Executiva da FNP irá se reunir para fazer o balanço da reunião e divulgar à categoria, em seguida, o resultado das negociações, com a definição de indicativos e calendário da campanha reivindicatória.

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