quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Sindicato denuncia Truculência do RH da Petrobrás

A categoria tem reclamado do autoritarismo da companhia nos acertos nos contracheques. A empresa paga a mais e depois entra unilateralmente no mês seguinte na conta do empregado e faz o acerto. Em alguns casos, zera o pagamento do empregado para se apropriar daquilo que calculou errado.
O sindicato gostaria de fazer alguns esclarecimentos: primeiro que errar é humano. Cada um de nós tem um funcionário responsável pelo nosso salário que pode perfeitamente errar. O mesmo ditado que diz que errar é humano diz também que persistir no erro é burrice. Pois é, depois de errar no cálculo do contracheque, a companhia erra quando no mês seguinte recupera todo o erro numa tacada só.
O sindicato tem convicção que aquilo que foi pago a mais tem que ser ressarcido. Porém não pode ser unilateralmente. O empregado envolvido tem o direito de ser comunicado do erro e negociar a forma de devolução. Nesses casos, a lei diz que cada um de nós empregados tem um limite a ser descontado no salário do mês. Esse tipo de denúncia esbarra no problema do empregado não querer se expor indo à Justiça, e além disso a Justiça é lenta. Quando a decisão judicial transitar em julgado, a companhia já efetuou o desconto. Mas persistência da companhia no erro de pagar errado e depois se apropriar integralmente unilateralmente não pode ser tratada como burrice. É truculência mesmo.
O RH da Petrobrás se acha acima da lei. O desrespeito à legislação pelo RH se observa também nos casos da aposentadoria pelo INSS onde o empregado cumprindo a exigência legal continua a trabalhar. O Supremo Tribunal Federal – STF decidiu que: “Aposentadoria não extingue o contrato de trabalho”, o nosso RH passava por cima da lei e retaliava quem se  beneficiasse  do dispositivo, tirando a AMS, e cortando o salário complementar pago pela Petros. Levou anos nosso RH praticando essa truculência. E agora no último ACT, como se fosse uma benesse, propôs que nas aposentadorias do INSS se mantivesse a AMS e o complemento de parte do salário pago pela Petros. Lembrando a fábula do bode na sala, o RH coloca o bode e depois tira o bode. 
Fica difícil para a categoria acreditar que a Petrobrás tenha responsabilidade social agindo dessa forma! 

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