Com calendário de assembleias até 16 de outubro, FNP indica rejeição da proposta, que mantém a discriminação entre ativos, aposentados e pensionistas. Além disso, a Federação indica assembleias específicas aos aposentados e pensionistas, para fundamentar – caso necessário – ações judiciais futuras
Zero de aumento real no salário básico, discriminação contra os aposentados e pensionistas com a manutenção da tabela congelada e continuidade da política de desvalorização salarial dos ativos, com nenhum avanço no PCAC. Este é o resumo da proposta enviada pela Petrobrás, nesta sexta-feira (05/10), à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).
Para pressionar a categoria a aprovar a proposta, a empresa mais uma vez lança mão da velha tática de abonos e remuneração variável. No salário básico, o reajuste é apenas a correção da inflação pelo IPCA (5,24%). Já na RMNR, o reajuste oferecido é de 8,16%, sendo que os funcionários antigos ganham menos que os novos, com um índice que varia entre 7,43 e 8,16%. E, para fechar, a empresa propõe uma gratificação contingente de R$ 7.200 ou 1.05 remunerações normais (o que for maior), sendo que a antecipação dada na campanha de PLR será descontada. Confira aqui a proposta completa.
Com base nessa proposta, cujo índice de aumento é inferior a de várias categorias, mais um ano os petroleiros ficariam sem aumento real no salário básico, situação completamente diferente dos metalúrgicos, dos bancários e até mesmo dos trabalhadores dos correios, que conseguiram reajuste em seus salários superiores à inflação.
FNP indica rejeição
Reunida na tarde desta sexta-feira, a Diretoria Executiva da FNP decidiu, por unanimidade, indicar a rejeição da 2ª proposta apresentada. Entendemos, seguindo uma posição histórica, que não é possível indicar a assinatura de qualquer proposta discriminatória. Aprovar este acordo significará, mais uma vez, ajudar a empresa em seu objetivo de fragmentar a categoria, criando um abismo entre ativos e aposentados/pensionistas.
Além disso, nesta nova proposta a empresa desrespeita as decisões de nossas bases, que exigem a discussão e das cláusulas sociais. Nada foi proposto para as punições e demissões arbitrárias contra lutadores, para a Anistia, AMS, PCAC, transferências, etc. Ou seja, a Petrobrás apresenta uma proposta rebaixada.
Temos absoluta certeza de que a companhia tem plenas condições de avançar nos valores oferecidos, colocando na mesa de negociação uma proposta que atenda a pauta reivindicatória da categoria. Só com lutas há conquistas.
A greve nacional realizada no dia 26 foi uma vitória da categoria, mas não pode ser encarada como uma ação isolada. Temos que dar continuidade à campanha, aliando a defesa por um ACT digno à luta contra os leilões do petróleo. Os petroleiros têm força e tradição de luta. Quem define qual é a última proposta é a categoria!
Fonte: http://fnpetroleiros.org.br
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