Trabalhadores envolvidos na fabricação de telas de toque para computadores e telefones podem estar em risco de doenças pulmonares, de acordo com uma nova pesquisa.
Cientistas da Universidade de Edimburgo estão estudando o comportamento de um material considerado "milagroso", o grafeno. De acordo com os pesquisadores, de acordo com o modo de produção, esta
forma de carbono ultra-fina pode conter partículas conhecidas como nanoplaquetas. Tais substâncias podem se alojar nos pulmões e causar problemas pulmonares, diz o estudo.
O grafeno, identificado pela primeira vez em 2004, tem sido aclamado como um material revolucionário e reverenciado pelas propriedades supercondutoras. A flexibilidade destas partículas em forma de disco, conhecidas como nanoplaquetas, permite sua incorporação em plástico e borracha, o que confere propriedades novas e úteis aos materiais. Eles também podem ser usados para melhorar as propriedades eletrônicas de telas de toque.
Os cientistas de Edimburgo descobriram que as nanoplaquetas, invisíveis ao olho nú, se comportam como pequenos frisbees e flutuam no ar. Entretanto, os pesquisadores afirmam que as propriedades aerodinâmicas
desta substância permitem que, após a inalação, façam com que este tipo específico de grafeno em forma de nanoplaquetas penetre mais profundamente nos pulmões do que outras formas da mesma substância. Os cientistas afirmam que as partículas podem se acumular nos pulmões e causar danos. Este efeito é perigoso para a saúde das pessoas envolvidas na manufatura e manuseio de nanoplaquetas de grafeno.
O professor Ken Donaldson, líder do grupo de toxicologia respiratória da universidade, disse:"Precisamos avaliar mais os riscos potenciais apresentados pelas nanoplaquetas feitas de grafeno e outros materiais, para que as medidas de segurança e saúde apropriadas sejam implantadas para os envolvidos na manufatura desta substância."
As descobertas do estudo foram publicanas na revista ACS Nano.
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