quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Petrobrás: Cenário de guerra em Refinaria

Revoltados, trabalhadores transformam Refinaria Abreu e Lima em palco de guerra

Representantes do Sintepav foram apedrejados pelos trabalhadores, que não aceitam o reajuste salarial de 10,5% proposto pelo Sintepav. Vários ônibus foram queimados. A polícia precisou atirar balas de borracha contra os manifestantes. Algumas pessoas ficaram feridas



A Refinaria Abreu e Lima virou cenário de guerra, na manhã desta quarta-feira (8). Os cerca de 44 mil trabalhadores da refinaria não aceitaram a proposta feita pelo sindicato da categoria e partiram para a agressão física. Representantes do Sintepav foram apedrejados pelos trabalhadores, que não aceitam o reajuste salarial de 10,5% proposto pelo Sintepav. Vários ônibus foram queimados. A polícia precisou atirar balas de borracha contra os manifestantes. Algumas pessoas ficaram feridas.


O sindicato queria fazer um acordo com as empresas para evitar o desconto dos dias parados. A intenção era evitar que o trabalhadores fossem punidos não só pelos dias parados, mas pela suspensão da cesta básica e do programa de participação nos lucros. Durante a confusão, os representantes do sindicato precisaram se esconder, com medo de serem mortos pelos trabalhadores revoltados.
O presidente do Sintepav, Aldo Amaral, destaca que o reajuste salaial de 10,5% foi um ganho tão positivo que a categoria reivindica o mesmo ganho nas obras do Porto de Pecém, no Ceará, e da Hidrelétrica de Jirau, em Rondônia.
Na terça-feira (7), o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT) decretou a abusividade da greve e o desconto dos dias parados dos 44 mil trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima, no Complexo de Suape. Os operários deveriam retornar ao trabalho nesta quarta-feira.
O presidente da Refinaria Abreu e Lima, Marcelino Guedes, chegou agora a pouco ao local do conflito. Segundo ele não cabe à Petrobras resolveu o problema que está acontecendo na refinaria. "Este é um problema entre as empreiteiras e os trabalhadores. O que estamos percebendo que está havendo uma dificuldade de liderança sindical", afirmou.

Um comentário:

  1. Os trabalhadores começam a perceber quando há pelegos dirigindo seus sindicatos. Ao que parece, esse é o caso. O sujeito falar que 10,5% é reajuste é um absurdo!!! As perdas com a inflação, ao longo dos últimos anos, são muito maiores que esses 10,5%. É por isso que o trabalhador reage em legítima defesa de sua dignidade. O trablhador sente no bolso e sua família sente a falta para as coisas básicas do dia-a-dia. Trabalhador e família têm que viver bem e com perspectiva de se desenvolver como pessoas sadias e inteligentes que cooperam com as demais em benefício de todos.

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