quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Acordo de dois anos: bancários da CEF e do Santander são as primeiras vítimas

Sob a justificativa de “maior tranquilidade para os bancários”, o sindicalismo cutista está garantindo, na verdade, a tranquilidade dos patrões. A direção do Sindicato de São Paulo Osasco e Região abraçou a causa patronal de duração de dois anos da convenção coletiva de trabalho. Há anos que a patronal tenta colocar a questão em pauta para enfraquecer a mobilização dos trabalhadores, mas não tinham condições de fazê-lo. Por isso contam com seus representantes no seio do movimento sindical: os dirigentes da CUT e seus aliados. Mas a proposta está sendo colocada, aos poucos, guela abaixo dos bancários por meio de renovação de acordos e aditivos específicos de cada banco. Em 2012, presenciamos dois casos (até agora) disso: no Santander e na Caixa Federal.

No Santander, o sindicato fez campanha da proposta até aprova-lo em assembleia realizada no dia 25/06. No entanto, o acordo ainda não foi assinado, pois o banco (isto é, o patrão) ainda não concluiu “a redação das cláusulas do aditivo e dos termos do compromisso sobre a venda responsável de produtos, conforme o deliberado na mesa de negociação.”

Na CEF, a proposta foi aprovada de forma ainda mais escandalosa, pois não passou pelo crivo da base em assembleia. No caso, o objeto em negociação foi os critérios de avaliação e ascensão dos bancários. A sorte dos funcionários da Caixa Federal foi selada no dia 03 de Julho, em Brasília. Segundo o dirigente Kardec de Jesus, isso dá“mais tranquilidade aos trabalhadores”.

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