A polícia espanhola disparou balas de borracha contra os manifestantes concentrados desde o final da tarde desta terça-feira junto ao Congresso dos Deputados de Madrid, relatava a BBC.
A polícia, contudo, mantinha estar apenas a disparar salvas de pólvora seca para o ar para dispersar os manifestantes.
Nas primeiras horas do protesto, pelo menos 23 pessoas foram detidas e 13 ficaram feridas devido às investidas policiais.
Ainda havia milhares de pessoas a caminharem para o Parlamento e as televisões espanholas mostravam já bastonadas, com alguns manifestantes a serem agarrados por agentes e outros atirados ao chão.
Segundo a polícia, as cargas aconteceram quando alguns manifestantes tentaram furar o cordão de segurança em redor do edifício. Os sites dos jornais espanhóis referiam também outros momentos de tensão, quando as duas grandes marchas que avançaram para o Congresso percorriam ainda as ruas do centro da capital espanhola.
O objectivo era “cercar o Congresso” para assim denunciar o “sequestro” de foi alvo a democracia e pedir a demissão do Governo. “Congresso e Parlamento não nos representam. Demissão dos deputados”, lê-se num grande cartaz, entre gritos de “Chamam-lhe democracia e não é” ou “Que o próximo desempregado seja um deputado”.
Os organizadores, a Coordenação 25-S, que inclui dezenas de assembleias de bairro do movimento dos Indignados, tinham pedido um protesto pacífico, mas temiam-se os distúrbios.
Vários membros do PP, no poder, tinham tentado relacionar o protesto com movimentos extremistas - a secretária-geral do partido, María Dolores de Cospedal, comparou-o com a tentativa de golpe de Estado de 1981, enquanto a delegada do Governo em Madrid, Cristina Cifuentes, assegurou que por trás da convocatória havia "algum grupo próximo da ideologia nazi". Oito activistas foram acusados de "alegado delito contra os altos organismos da nação" por terem participado em acções de preparação.
A delegação do Governo de Madrid, que estima estarem seis mil pessoas na rua, mobilizou 1400 agentes da polícia antimotim.
Fonte: http://www.publico.pt
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