Os dirigentes da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Dirceu Travesso, o Didi, e Sebastião Carlos Pereira, Cacau, estiveram em Londres, entre os dias 4 e 6 de Setembro, participando de atividades do movimento. Dentre elas, o ato contra a expulsão dos 2.600 estudantes internacionais da Universidade Metropolitana de Londres e de reuniões com dirigentes e delegados de base do RMT (Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes), da Rede Nacional de Delegados de Base (National Shopstewards Network) e com ativistas e representantes de vários setores.
As atividades visam buscar aprofundar as relações com setores do sindicalismo alternativo, independente e de luta para a preparação do Encontro Internacional de Paris em março ou abril de 2013.
Este pretende discutir a crise econômica internacional e a necessidade da construção da unidade e solidariedade entre os trabalhadores do mundo. Os trabalhadores que lutam devem responder conjuntamente aos planos de cortes de direitos, o fechamento de empresas, às demissões, privatizações e ataques a conquistas sociais históricas que vem ocorrendo em todo o mundo. Esses assuntos são discutidos pelos banqueiros e multinacionais em seus organismos internacionais e governos de plantão em todo o mundo.
Em reunião com o Presidente e o Secretário Geral do RMT, Alex Gordon e Bob Crow, Cacau e Didi em nome da CSP -Conlutas e da Reunião Internacional realizada no Brasil em maio passado, apresentaram a proposta e concepção para a preparação do Encontro Internacional.
Um encontro que deve servir para fortalecer a luta e a resistência, que tenha como base o sindicalismo de luta e democrático, que não seja auto-proclamatório e possa dialogar com as várias experiências de sindicalismo de luta em nível internacional, que esteja pautado pelo respeito às diferenças históricas, políticas e culturais da formação do sindicalismo em cada país, que seja capaz de um chamado amplo às organizações e distintas experiências sem pré condições de filiação à outras organizações internacionais.
O critério fundamental deve ser o compromisso com um sindicalismo de luta e não de conciliação com patrões e governos, com a democracia operária e a participação de base e não das negociações e decisões de cúpula onde a base não pode opinar. Além da unidade e solidariedade internacionalistas e que não haja cessão às pressões xenófobas de discriminação e disputa entre os trabalhadores.
Também se discutiu que o Encontro deve ser construído fortalecendo campanhas e iniciativas comuns internacionais de luta e resistência contra os ataques dos governos e patrões em todo o mundo desde já.
“Precisamos de um Encontro que se reúna já em base resultados que apontem de maneira clara que queremos construir uma rede para a luta e resistência, além dos debates e trocas de experiências, que possam fortalecer a unidade internacional e as organizações e lutas de resistência em cada país”, comentou Didi.
Na prática significa incentivar e desenvolver iniciativas contra as privatizações no transporte público, contra o fechamento de plantas e empregos, retirada de direitos na indústria automobilística, solidariedade com as lutas como dos mineiros de Marikana na África do Sul e da Espanha e tantos outros processos em curso.
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