quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Bancários: indicativo de greve nacional para o dia 18 de setembro

Bancários de todo Brasil apresentaram indicativo de greve para o dia 18 de setembro com realizações de assembleias com a categoira para preparar a paralisação nos dias 12 e 17 deste mês. A decisão foi tomada após reunião com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) que acabou sem acordo, na última terça-feira (3).

Segundo o membro do MNOB ( Movimento Nacional de Oposição Bancária), Bento José, além do indicativo de greve, o movimento defende que nesse período, até o dia 18, ocorram paralisações parciais para construção da greve. Além disso, que seja votado na assembleia do dia 12, uma paralisação de 24 horas ou retardamento de entrada até as 12 horas para o dia 13 de setembro e greve por tempo indeterminado a partir do dia 18.

Mobilizações esquentam a campanha – campanha salarial dos bancários começou a esquentar. Pelo país, a categoria que tem como data base o mês de setembro, realizou, no dia 3 de setembro, um dia de mobilizações por direitos.

Os funcionários do Banco do Brasil participaram desse dia de luta e fizeram um ato em São Paulo. O MNOB (Movimento Nacional de Oposição Bancária) que faz oposição ao Sindicato dos Bancários de São Paulo, e integra a CSP-Conlutas, participou da mobilização com paralisação de uma hora no prédio do Complexo São João, maior prédio do Banco do Brasil de São Paulo, onde trabalha 1800 bancarios e também no local que centraliza o crédito imobiliário do Banco do Brasil de todo o país via CSI (Centro de Suporte Imobiliario).

Os manifestantes se direcionaram para a Praça do Patriarca onde realizaram um ato unificado. Muitos deles, estampavam o adesivo sobre a luta pela jornada de seis horas, criada pelo MNOB.

Os bancários do Banco do Brasil reivindicam reposição das perdas salariais; carga horária de seis horas para todos, sem redução de salário; isonomia entre os concursados pré e pós ano de 1998; que os bancos incorporados, entre os quais Nossa Caixa, possam utilizar o mesmo convênio médico da rede credenciada CASSI, entre outras reivindicações.

Segundo o membro do MNOB, Bento José, a direção do Sindicato de dos Bancários de São Paulo e a Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) não defendem como prioridade as reais necessidades dos bancários. “Eles não tomam como prioridade tratar de pontos estruturais e igualmente importantes para nós, como seis horas para todos, sem redução de salários, e a questão da isonomia entre novos e antigos funcionários, pois essa é uma reivindicação, principalmente dos bancos públicos e leva a mobilização. Para eles, não é interessante enfrentar o governo”, justifica Bento.

No Pará, os funcionários do Banpará, já decretaram greve por tempo indeterminado nesta terça-feira (4). (saiba mais aqui).

Na última sexta-feira (31/08), os funcionários da Caixa Econômica Federal fizeram importantes mobilizações na luta pela isonomia, com paralisações parciais do trabalho como foi o caso de São Paulo, Florianópolis, Porto Alegre e Vitoria.

A prioridade do MNOB na campanha salarial é a luta pela jornada de seis horas sem redução salarial, isonomia para todos (mesmo direitos para antigos, novos e bancários de bancos incorporados, reposição das perdas salariais e ratificação da convenção 158 da OIT (que proíbe a demissão imotivada). Já houve quatro rodadas de negociação, mas a proposta de 6%, apresentada pela Fenaban, foi recusada.

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