Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso decidiram, agora há pouco, manter a greve que se arrasta por 120 dias. De acordo com a assessoria da Associação dos Docentes da Universidade Federal Mato Grosso (Adufmat), 65 professores votaram pela continuidade da greve, enquanto outros 29 docentes votaram pelo fim do movimento. Não houve abstenções. Desta forma, a UFMT permanece entre as instituições federais que mantiveram o movimento grevista.
Esta já é a maior greve da história da instituição. Conforme Só Notícias já informou, o governo federal apresentou duas propostas de reajustes aos docentes. Ambas rejeitadas pelos docentes mato-grossenses. Eles ainda insistem em sentar e negociar com o governo federal não apenas reajustes nos salários, como também melhorias na instituição federal.
A Andes, sindicato nacional da categoria, fez uma proposta baseada no "piso proposto pelo governo para o início da carreira do professor graduado em 20h, de R$ 2.018,77, e reduz de 5% para 4% os degraus entre níveis remuneratórios, com evolução uniforme, fatores definidos para remuneração dos regimes de trabalho (20h x 40h x DE = 1 x 2 x 3.1) e percentual definido de cada titulação como parte constitutiva do vencimento básico (aperfeiçoamento = 7,5%; especialização = 18%; mestrado = 37,5%; doutorado = 75%)".
A reitora da UFMT, Maria Lúcia Cavalli Neder, afirmou, anteriormente, que o calendário de aulas pode levar até três anos para ser completamente regularizado após o período de greve dos docentes. A mobilização afetará também o ingresso de calouros que serão selecionados a partir do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), que ocorrerá nos dias 3 e 4 de novembro. As primeiras aulas destes poderão ocorrer a partir do quinto mês de 2013.
Os técnicos administrativos da UFMT também entraram em greve, mas acabaram aceitando a proposta do governo e encerraram a greve que durou quase 80 dias. Eles voltaram ao trabalho no dia 27 de agosto.
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