quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Metalúrgicos fazem paralisação de um dia na próxima segunda-feira

Decisão foi tomada em assembleia da categoria na sede do Sindicato na noite desta quarta-feira

Os trabalhadores de diversos grupos ligados à cadeia automotiva estarão em greve de 24 horas na próxima segunda-feira (10/09) em todo o estado de São Paulo. No ABCD, os metalúrgicos decidiram pela mobilização em assembleia na noite desta quarta-feira (05/09) na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e continuar na luta pela campanha salarial deste ano. Não participam do protesto os trabalhadores das montadoras, que fizeram acordo salarial para 2011 e 2012. A expectativa é a de que a pressão dos trabalhadores estimule os sindicatos patronais a retomar as negociações.

Na Região, os grupos 2, 3, 8, 10, fundição e estamparia envolvem mais de 70 mil trabalhadores. No estado, a FEM (Federação dos Sindicatos Metalúrgicos) negocia a campanha salarial para 250 mil trabalhadores.

As propostas da FEM são as cláusulas sociais como licença-maternidade de 180 dias, redução da jornada para 40h semanais, seguro de vida e reposição da inflação do período mais 2,5% de aumento real. 

O presidente da FEM, Valmir Marques, (Biro Biro) afirmou que os sindicatos patronais não aceitaram nenhuma das propostas da categoria. “Os patrões apresentaram os reajuste abaixo da inflação, alegaram problemas com a crise econômica mundial, com o dólar baixo que prejudicou alguns setores facilitando a importação e a crise no setor de caminhões. Mas, sabemos que o governo federal implantou diversas ações de estímulo à indústria e o índice para o qual estamos lutando é viável”.

Apesar de a pauta com as reivindicações ter sido entregue no final de junho, somente há 20 dias os sindicatos patronais começaram as rodadas de negociação. “Acreditamos que os empresários irão cobrar dos sindicatos patronais novas reuniões com a FEM, já que o prejuízo de um dia parado será enorme”, afirmou o secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Freitas, o Wagnão.

Biro Biro explicou que há possibilidades de negociação com os patronais até o dia 10 de setembro e se houver acordo por grupo de empresas não haverá greve nesses setores.

Por: Michelly Cyrillo (michelly@abcdmaior.com.br)

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