quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Petroleiros em luta! Estamos com a FNP!!

FNP: A Federação de Todos os Petroleiros

A Diretoria Executiva da FNP decidiu, por unanimidade, indicar a rejeição da proposta apresentada pela Petrobrás nesta quarta-feira (19/09). Para derrotar amplamente a proposta, a FNP indica as seguintes ações para os sindicatos: assembleias de 20 a 27 de setembro; atrasos, com início na próxima segunda-feira (24/09), a partir de uma hora e corte de rendição; e um Dia Nacional de Lutas, na quarta-feira, 26 de setembro.

Neste sentido, visando justamente fortalecer as categorias em luta (petroleiros, correios, bancários e metalúrgicos), a FNP indica aos sindicatos a participação nos atos unificados construídos. Em São Paulo, dia 20 de setembro, acontecerá uma manifestação na Avenida Paulista. Já no dia 21 de setembro, acontecerá um ato na Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro.

O objetivo das mobilizações é dialogar com a categoria, pressionar a empresa a apresentar nova proposta e chamar os 17 sindipetros do país para um movimento unificado da categoria. Além disso, será incorporada nesses atos a luta contra os leilões do petróleo e em defesa de uma Petrobrás 100% Estatal, como contraponto ao lobby da grande imprensa que já resultou no anúncio do Governo Federal de novas rodadas de leilão de blocos exploratórios para maio e novembro de 2013.

Proposta irrisória
A companhia propõe reajustar o salário básico em 5,24%, o índice do IPCA, confirmando o que a FNP já havia dito antes: a empresa pretende impor, mais uma vez, aumento real zero para os petroleiros, discriminando um importante setor da categoria: os aposentados e as pensionistas.

Além disso, a empresa oferece reajuste na tabela da RMNR de 6,5% e uma Gratificação Contingente, o já conhecido abono, de R$ 4 mil ou 100% de uma remuneração normal – o que for maior. Lembrando que a antecipação do abono na campanha de PLR será descontada deste valor. Para ler a proposta na íntegra,clique aqui.

A FNP afirmou à empresa, na própria mesa de negociação, que não indicará a assinatura de qualquer proposta que prejudique o conjunto da categoria. Além de oferecer valores rebaixados, a companhia persiste em manter a tabela congelada aos aposentados e pensionistas e a política de remuneração variável aos ativos. Aumento real é aumento no salário base. O resto é enganação!

Os dirigentes da FNP lamentaram o fato de que uma empresa do tamanho da Petrobrás, a 4ª maior do Mundo no ramo de energia, desvalorize os ativos e discrimine os aposentados e pensionistas. O PCAC, uma das grandes aflições dos empregados, sequer é citado pela companhia. O descontentamento é imenso e, mesmo assim, a empresa ignora uma das principais demandas da categoria.

Em relação ao Adicional de Periculosidade, a empresa também não acena qualquer iniciativa para solucionar as injustiças cometidas contra inúmeros petroleiros que têm direito a este adicional. No que se refere à AMS, a exigência de ações para acabar com as negativas e exceções continua sem resposta.

Os inúmeros empregados que aguardam ansiosamente pela Anistia (casos de Leninha, Ana Paula e Arão), além daqueles que foram readmitidos, mas não têm AMS e estão enfrentando problemas concretos na classificação dos seus cargos (Sistema Petrobrás, Interbrás, Petromisa, Petroflex e Nitroflex), também foram ignorados. A demissão absurda dos três petroleiros terceirizados da Ultraserv, no Cenpes, também foi lembrada.

Cláusulas Econômicas x Cláusulas Sociais
A empresa fez questão de afirmar que neste ano a negociação será pautada exclusivamente nas cláusulas econômicas, uma vez que em 2011 o acordo fechado prevê tal formato. A FNP refutou a afirmação da empresa. Este acordo não é celebrado em comum acordo e muito menos em condições favoráveis aos empregados. É empurrado goela abaixo, pois a Petrobrás/FUP impõe a cláusula que prevê as discussões das cláusulas sociais apenas de 2 em 2 anos. Certamente, tal formato de negociação seria facilmente rejeitado pela base se fosse levado à votação separadamente.

Neste sentido, a FNP não se furtou de colocar na mesa os itens da pauta reivindicatória que tratam das cláusulas sociais. Há uma enorme demanda na base que deve ser levantada na mesa de negociação. Por isso, foram pautadas pelos dirigentes diversos itens sociais, desde a AMS; extensão do Auxílio Amazônia, a questão do quadro mínimo reduzido nas unidades; os casos de assédio moral; os recentes calotes de empresas contratadas, prejudicando inúmeros terceirizados; e as questões que envolvem escalas de trabalho impostas à revelia das normas e ACT, a exemplo da Escala Definida e Não Definida.

Por fim, a FNP voltou a cobrar da empresa o fim das discriminações. E isso envolve, também, pauta única para todo o Sistema Petrobrás.


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