Aconteceu nesta sexta-feira (10), às 14h00, no Fórum de Londrina, a audiência preliminar sobre a denúncia de racismo feita pelo professor Valdecido Pereira da Silva. A informação foi repassada pela gestora de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Maria de Fátima Beraldo.
Para esta audiência, a gestora convidou os representantes dos movimentos que combatem o racismo e o preconceito para que estivessem presentes em frente ao local da audiência. "As vítimas de racismo e preconceito se fragilizam perante os atos. Precisamos de mobilização para dar força e segurança a elas", explicou.
Já o professor Valdecido disse que o apoio da Gestão Municipal está sendo importante para o direcionamento do caso. "Estou seguro e com forças para lutar", relatou.
Ocaso
No dia 28 de dezembro de 2011 o professor da discplina de História do Centro de Educação Básica para Jovens e Adultos (CEEBJA) e mestrando pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), Valdecido Pereira da Silva, foi acusado pelo policial civil, Paulo Valério Kwiatkowski, de tentar roubar sua senha bancária.
O professor afirmou que o policial o agrediu verbalmente com palavras que remetem ao crime de racismo. No momento da discussão, Valdecido agrediu fisicamente o policial e foi levado preso até o 1º Distrito Policial, onde foi registrado um Termo Circunstanciado de Infração Penal.
Amigos da vítima contataram o órgão municipal para denunciar o caso. Depois de ouvir o relato do professor, houve o encaminhamento de documento à Procuradoria Jurídica Municipal, para o Ministério Público, para a Defensoria Pública da União, para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Centro de Direitos Humanos (CDH), que estão prestando assessoria jurídica à vítima.
O Ministério Público determinou à Corregedoria da Polícia Civil a instauração de inquérito policial, além da audiência que aconteceu sexta-feira. O caso está sendo acompanhado também pela secretaria municipal de Assistência Social, no atendimento psicológico ao professor.
O Fórum Intergovernamental de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Fipir) decidiu enviar um ouvidor à audiência para acompanhar o caso.
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