No próximo dia 10 de Março vai ter lugar na Voz do Operário, em Lisboa, o congresso de fundação da nova força política à esquerda em Portugal.À noite iniciar-se-á um jantar/festa, com centenas de militantes e amigos do futuro movimento de alternativa socialista.
Podem nos perguntar se já não haverá partidos a mais à esquerda e porque razão saímos do Bloco de Esquerda. A resposta é simples. Não há de fato partidos a mais à esquerda, existem tantos quanto à direita. Nós, do Ruptura/FER, batalhamos durante anos dentro do Bloco de Esquerda para que este partido apresentasse uma plataforma de unidade com o PCP e até com setores socialistas em ruptura com os antigos governos Sócrates.
Faz falta então, um novo partido à esquerda que sendo forte obrigue a sentar à mesa as diversas forças políticas para discutir pontes de unidade contra a troika[1], o pagamento de uma dívida infame e por uma alternativa de governo à esquerda.
Também defenderemos algo que a esquerda atual parece ter esquecido e que justifica plenamente a formação de um novo partido: os trabalhadores só defenderão os subsídios de natal e de férias, os salários sem cortes, as SCTUS[2] sem pedágios, os restaurantes sem o aumento para os atuais 23% de IVA, os estudantes sem as exorbitantes propinas[3] a 1000 euros ou mais, o fim do desemprego, a defesa de hospitais que à sua porta não cobrem consultas ao nível de um consultório privado, que aos médicos lhes paguem o que é justo em horas extraordinárias, acabar com a sangria dos nossos impostos canalizados para pagar rendas a Parcerias Público-Privadas vergonhosas, se neste país houver de novo, um novo 25 de Abril.
Esse é o segundo desafio que o futuro partido lançará à esquerda, lutemos juntos por um novo 25 de Abril. Contem conosco e juntem-se a nós aqueles que nos últimos anos deixaram de votar no BE ou que não acreditam num PCP que ainda reconhece a Coreia do Norte como um país socialista.
Demos força à futura força da determinação.
Fonte: www.rupturafer.org, 16/02/2012
[1] troika - palavra russa que designa um comitê de três membros. A Comissão Europeia (CE), junto com Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), que obrigam os governos a aplicarem os “planos de austeridade”, foram apelidados de “Troika” pelos manifestantes europeus.
[2] SCUTS - as chamadas vias sem custo para o utilizador que passaram a ter pedágios.
[3] Propina é a taxa de frequência devida pelo estudante à instituição de ensino superior como forma de co-participação nos custos do ensino.
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quinta-feira, 8 de março de 2012
Festa de lançamento do Novo Partido
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