quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Portugal: Paulo Macedo decreta a eutanásia dos pobres


Quem não for rico e tiver doenças como o cancro (Câncer), sida (aids) ou reumáticas poderá morrer mais cedo porque o governo quer cortar os medicamentos que poderiam prolongar a vida desses pacientes para poupar dinheiro e baixar o défice orçamental.
O parecer aprovando esta orientação, a pedido do ministro da Saúde, Paulo Macedo, foi dado pelo Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida. O presidente desse conselho, Miguel Oliveira da Silva, justificou o parecer positivo para que “Portugal não continue a comportar-se como se fosse um país rico”. “Vivemos numa sociedade em que, independentemente das restrições orçamentais, não é possível em termos de cuidados de saúde todos terem acesso a tudo. Será que mais dois meses de vida, independentemente dessa qualidade de vida, justifica uma terapêutica de 50 mil, 100 mil ou 200 mil euros? Tudo isso tem de ser muito transparente e muito claro, envolvendo todos os interessados”, acrescentou.
Esse governo e os seus lacaios vêm ultrapassando todos os limites da boçalidade na política. Dizer que Portugal se comporta como um país rico porque permite aos seus cidadãos, ricos e pobres, através do Sistema Nacional de Saúde (SNS), ter acesso a um bom tratamento de saúde é de facto uma aproximação das teorias eugenistas. Concluir que só alguns privilegiados, por fora do SNS, poderão ter acesso a uma saúde de qualidade e usufruir das conquistas da medicina, porque o Estado não pode gastar dinheiro para prolongar a vida dos pacientes que só têm acesso ao SNS é condenar a morte a maioria da população portuguesa.
É este o ponto a que chegou a austeridade do governo: condena os pobres à morte para manter a boa vida dos ricos.
Devemos responder a estes senhores que Portugal só se comporta como um país “rico” quando permite que alguns patrões e seus gestores obtenham lucros e salários estratosféricos enquanto o salário mínimo nacional não alcança 500 euros; quando permite às Parcerias Público-Privadas contratos milionários às custas de um orçamento que corta em saúde e educação; quando permite que os banqueiros façam negociatas fraudulentas e ainda apresentem ao povo a fatura.
Devemos responder a estes senhores que dois meses de vida, 1 dia de vida, 1 minuto de vida é importante, sim, e não cabe a eles decidir sobre a vida e a morte de ninguém. Todos devem ter direito à saúde, e não só os privilegiados que podem pagar por ela. A revolução do 25 de Abril foi feita para dar direitos iguais a todos, e sobre este princípio foi construído o SNS. Não deixaremos que seja destruído porque a troika e este governo querem pagar uma dívida que não é nossa e manter os lucros dos banqueiros e grandes empresários.
Esse governo é que já está a ter tempo demais de sobrevida!

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