sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

FNP, Perguntas e Respostas...

Acompanhando de perto algumas eleições sindicais, como do Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo, por exemplo, notei uma série de equívocos presentes nas discussões com os companheiros de base. Gostaria de comentar e dividir tais questões, jogando assim alguma luz sobre o assunto...

As Chapas da FUP costumam afirmar que "tudo que os gerentes, a direção da Petrobrás e o governo querem é que nossa categoria fique dividida". Neste sentido eles tem razão. Por isso a FNP sempre chama mesa de negociações única e calendário único de mobilizações, mas a FUP se recusa a unificar as lutas com trabalhadores que não concordam com seus "indicativos".



Temos que lembrar também que por impedir e dividir as lutas da categoria muitos dirigentes da FUP ganharam boas gerências. A Própria direção da empresa tem fupistas históricos (como a de RH por exemplo, que detona com a categoria e já foi dirigente do Sindipetro Unificado - SP). O governo por sua vez é o mesmo que a FUP, sem consultar a categoria para pelo menos levar críticas, ofereceu apoio incondicional.



Que gerentes, diretores da Petrobrás e o governo (que controla a empresa) queiram nos dividir, isso não é novidade. Mas é no mínimo curiosa a posição da antiga federação de dizer estas coisas num momento de eleções.

No demais, parte das confusões que surgiram entre os trabalhadores no meio deste processo estão aqui:

A FNP não participa de mobilizações nacionais porque quem "comanda"é a FUP?

Bom, para começar mobilizações não são, ou não devem ser, comandadas por sindicatos ou centrais. O comando dos rumos de uma categoria deve vir de assembléias de trabalhadores e não de "conselhos deliberativos" que servem apenas para "dar indicativos" já esperados pela direção da empresa.
Dizer que a FNP não participa das mobilizações é no mínimo um equívoco. Em todas as mobilizações a FNP busca se integrar e fortalecer a luta, afinal quem se mobiliza são os trabalhadores, independente da federação ou sindicato a que estejam ligados. Um bom exemplo foi a jornada de três dias de manifestações dos dias 6, 7 e 8 de julho. Embora a FUP tenha se recusado a um calendário conjunto, em nome da unidade dos trabalhadores as bases não alinhadas com esta central aprovaram em assembléias mobilizações no dia 7 de julho. As vitórias são sempre da categoria, e não de uma ou outra central. A FNP não é tão ciumenta assim...

A FNP não compõe a mesa de negociações?

Sugiro que os companheiros perguntem a alguem que defenda a chapa da FUP o porque disso. a FUP não aceita!! Há anos chamamos a FUP para compor uma mesa única. A mando da direção da empresa a FUP se recusa. Seria importante que todos os trabalhadores de bases da FUP colocassem em assembléia a proposta de mesa única com a FNP nas próximas negociações. A discussão sobre a PLR ainda não acabou, ainda há tempo para cobrar isso.

A FUP tem mesmo o apoio de dirigentes históricos "comprometidos com a luta dos petroleiros"?

A direção da Petrobrás sempre reconheceu os "serviços prestados" pelos diretores da FUP e por seus defensores nos sindicatos da categoria, basta ver no link a seguir:


E não esqueçam de confirmar com o pessoal das antigas...

E quanto á campanha pelo petróleo? 

Qualquer projeto que não exija o fim imediato dos leilões que estão sendo feitos pelo governo é indefensável.

E os aposentados e pensionistas?

A gota d'água que levou á desfiliação da FUP por várias bases foi o ataque aos aposentados. A cúpula da FUP decidiu, a mando da direção da Petrobrás, apoiar com todas as forças a Repactuação. Ali os aposentados tomaram o grande golpe, trocaram o certo pelo duvidoso. 
Os sindicatos que discutiram esta questão em assembléias foram para o confup defender que ainda havia muito por se conversar e que até aquele momento muitas bases não concordavam com a Repactuação, logo não deveria ser decisão de congresso, mas sim motivo de assembléias. Mas a maioria da direção da FUP já havia se comprometido com a Petros/Petrobras. Com mentiras e desinformação FUP/Petros/Petrobrás convenceram e pressionarm os aposentados. Depois do terrorismo feito e da repactuação assinada é que perceberam a armadilha. Hoje o que há é uma pilha de preocessos querendo desrepactuar. Isso sem falar, entre outras coisas da RMNR apoiada pela FUP. Bom, tirem suas conclusões.

FUP, a Grande Organizadora de Derrotas

O papel da FUP tem sido no decorrer dos anos organizar as derrotras da categoria. Em seus "teatrinhos" se diz de luta, mas na prática...

O que ocorre é que quando a direção da Petrobrás quer impor alguma derrota á categoria age sempre da mesma forma:

Faz uma proposta bem pior do que a real e vai discutindo com a FUP até que cheguem a um acordo "negociado", mas exige que só soltará a proposta se a direção da FUP, após a reunião do "conselho Deliberativo" prometer indicar a aceitação. Aí sim a FUP faz algumas assembléias indicando a aceitação ( e a proposta tem que ser aceita para não perder a confiança da direção da Petrobrás). O discurso final todos conhecemos:

Foi uma conquista histórica da categoria.....(rs).

É isso realmente que queremos?

Pardal

Um comentário:

  1. É, e sempre, ao final da negociação, o RH solta seu informativo para marcar nos documentos da Companhia uma história que os empregados não têm vivenciado na prática.
    A exemplo do que se pode ver aqui: "O encerramento das negociações e a assinatura do acordo por todos os 17 sindicatos reforçam as boas práticas da política de recursos humanos da companhia. O diálogo aberto e a mesa de negociação têm se mostrado como os meios adequados para o bom relacionamento entre a companhia e a representação sindical e levado a expressivos avanços para os empregados."

    http://portalpetrobras.petrobras.com.br/PetrobrasPortal/appmanager/portal/desktop?_nfpb=true&_pageLabel=dctm_noticia_rh&idConteudo=noticia_013517&areaAtual=rh

    É brincaderia !!! Diálogo aberto? Com quem? E expressivos ganhos? De quem?

    Que negociação foi essa? E que expressivos ganhos foram esses?

    Pois permanecemos com um PCAC defasado, por exemplo, de, no mínimo 51,34%, relativamente, ao BNDES (http://petroleiro2020.wordpress.com/2011/06/11/o-bndes-paga-5484-mais-do-que-o-salario-da-petrobras/). E nem se fala, quando comparamos às carreiras de Gestão Governamental . . . , a defasagem é enorme (http://petroleiro2020.files.wordpress.com/2011/11/cargos-gestc3a3o-governo-federal.gif).

    Parabéns pelo blog !!!

    Boa sorte !

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