quinta-feira, 8 de março de 2012

8 de Março - A Luta da Mulher Negra


Março/2012
Boletim  do Movimento Nacional

Quilombo Raça e Classe

8 DE MARÇO

DIA INTERNACIONAL de LUTA

Das MULHERES TRABALHADORAS

Nesta data – 8 de Março, nós mulheres temos um grande desafio, diante da realidade colocada no mundo em que cada vez mais, o capitalismo através do imperialismo, utiliza e explora os setores oprimidos (mulheres, negros e homosexuais). Infelizmente Dilma, em nosso país tem cumprido “muito bem” este papel, quando reduz mais uma vez o orçamento (55 bilhões), congela salários, não implementa políticas conseqüentes de moradia, de terras quilombolas, indígenas e rurais, não constrói de fato creches, ou quando propõe uma MP (557) que é um verdadeiro controle sob o direito das mulheres. A política que vem aplicando para as trabalhadoras não está a serviço da ascensão delas, senão da manutenção da política que privilegia os interesses dos grandes banqueiros e empresários. Esta data histórica de luta tem que estar colocada para as mulheres do mundo inteiro ir às ruas gritarem e lutar por seus direitos, e por uma sociedade realmente igualitária, sem opressores nem oprimidos, imploradores e nem explorados.

AS MULHERES, NUMA PERSPECTIVA NEGRA!

A opressão das mulheres negras está calcada na desigualdade, na falta de oportunidades e conseqüente acesso a saúde, moradia, educação, trabalho bem como no machismo, e falando de gênero, temos que ressaltar o quanto a mulher ainda é discriminada, tanto no ambiente familiar como no de trabalho, principalmente a mulher negra, a qual é triplamente oprimida, digo isto, por que! Além de ter que enfrentar o machismo, a exploração, sofre com o racismo.
Facilitado muito pela questão, que na classe trabalhadora hoje há um percentual de mulheres que representam 51,3% da população com mais de cinco anos de idade e 50,5% das estudantes. Além do que as mulheres apresentam maior escolaridade 23,2% do que os homens com 20, 1% (Dados do IBGE). Porém, um maior nível de instrução não traduz em maiores rendimento pelo contrario, para trabalho igual salário menor para as mulheres. No casso das mulheres negras, a situação é mais grave, pois além de ganhar menos tem que provar a todo o momento a sua capacidade.
Há na sociedade um “Racismo não declarado”, o que tem a ver com “a política de estado do Mito da Democracia Racial”, que leva milhares de alunas negras a enfrentarem diversos preconceitos em sala de aula, que contribui e muito para essas meninas terem uma marca negativa na sua auto-estima e na sua identidade de mulher, negra e trabalhadora que se reflete nas dificuldades que os negros (muito mais as mulheres negras) enfrentam cotidianamente, como nas dificuldades de acesso e ascensão no mercado de trabalho, a educação, bem como, o acesso restrito à saúde, resultado que facilita as mulheres negras, morrer sete vezes mais do que as não negras no parto. Onde vemos que as “ditas minorias” são sempre relegadas a segundo plano, e em todos os âmbitos da sociedade brasileira – Muitas vezes potencializando a opressão e favorecendo a exploração!

Nem os mais exitosos sobreviventes do Haiti desde o terremoto – as mercadorias dos supermercados centrais – escaparam das indissolúveis cadeias que representam o terremoto social do imperialismo norte-americano e europeu.  Mesmo inundado por “organizações humanitárias da ONU, ONG`s”, o Haiti segue faminto e sem políticas públicas. O que isso só pode significar, numa conjuntura em que não há comida suficiente a todos, a seguinte estatística: aumento da violência contra a mulher, na busca por alimentos. E é necessário distinguir a causa da fome e a operação das conseqüências. Pois nem chega perto das taxas monstruosas dos casos de violência praticado contra as haitianas pelos soldados da MINUSTAH, que fornecem de maneira bárbara comida em troca de sexo, de silêncio forçado e de outros trabalhos humilhantes às heróicas mulheres do Haiti!
  
21 de março dia internacional de luta contra o racismo

Basta de Racismo no BRASIL e no mundo!

Em 1960, na cidade de Joanesburgo na luta contra o Apartheid da Africa do Sul e contra o regime segregacionista entre negros e brancos imposto pela colonização inglesa, ocorreu a morte de centenas de jovens e crianças negras indefesas com uniformes escolares, que vinham em passeata pacífica, cantando hinos da unidade africana, e que foram bárbaramente massacrados e alvejados pelos policiais que atiraravam para matar. Por isto, o Movimento Negro vai às ruas na data de 21 de Março, tormou-se uma data de luta para questão racial  à nível mundial.


 LUTAR NÃO É CRIME, LUTAR É UM DIREITO!


A violência contra a mulher ainda é um ponto maléfico desta sociedade machista, racista e capitalista. Onde a mulher passa a ficar na condição de coisa e o homem é o senhor dono do corpo e vida da mulher. Quando se trata do corte de classe essa situação fica mais perversa, pois a classe trabalhadora se enfraquece todas as vezes que uma mulher é espancada por um homem trabalhador. Esse ato contribui para fortalecer ainda mais a opressão e a superexploração das mulheres trabalhadoras.
Mas a violência do estado e de seu braço armado tem atacado cada vez mais homens, mulheres, jovens e crianças negras e pobres, nos dias de hoje, implementando uma verdadeira política higienista. Como quando acontecem os casos de enchentes e desabamentos, como no Rio de Janeiro em 2009 e 2010, e até hoje as pessoas continuam desabrigadas; Ou quando também no Rio, o governador sobe a favela da Rocinha e diz: - Que as mulheres as mulheres são fábricas de marginais, e ocupa os morros com uma “política de segurança” e “racismo de estado”e aprofunda o genocídio da população negra como as UPPs, que não asseguram  nada, só cerceiam o direito de ir e vir dos moradores das comunidades.
Quando vemos, em vários estados do Brasil por onde haverá jogos da copa e olimpíadas em 2014/2016, uma verdadeira faxina étnica nas cidades, onde as ocupações urbanas e até mesmo comunidades inteiras existentes a mais de cinqüenta anos estão sendo expulsas ou “removidas” de qualquer forma, geralmente são empurrados para localidades rurais bem distantes dos centros urbanos, nem sempre com seus direitos assegurados; Ou quando o governo na busca desenfreada do progresso ou da manutenção de interesses políticos/econômicos de determinados grupos, se abstém de garantir os direitos a terra da população indígena, quilombola, ribeirinha, rural, como a ameaça de despejo agora no mês de Março, que a comunidade quilombola do Rio dos Macacos na Bahia está sofrendo;
O ápice destes ataques desenfreados está sendo implantado em São Paulo, não só pelo número seguido de casos de racismo em tão pouco tempo, como pela forma ditadora e violenta que o PSDB vem aplicando em seu governo, a exemplo de que forma a cracolândia está sendo removida, a coincidência de incêndio nas ocupações próximas ao centro, e pior ainda, de que forma desabitaram a comunidade do Pinheirinho em São José dos Campos, com uma repentina ação policial, às 06:00h da manhã de um Domingo, de forma truculenta e usando violência desmedida para cumprir a ordem do governo do estado e da prefeitura da cidade (ambos do PSDB), para que pudessem estar garantindo a especulação imobiliária de Naji Nahas, desabrigando milhares de homens, mulheres e crianças.

Igualdade Racial só será alcançada com as Reparações, Já!

·         Abaixo a Criminalização da Pobreza e as UPPs: queremos Trabalho, Moradia, Educação e Saúde 100% Estatal Pública.

·         Basta de Crimes Racistas, Machistas e Homofóbicos: pela condenação dos culpados!

·         Salários dignos e concurso público com cotas para negros e negras: Salário igual para trabalho Igual

·         Contra o Genocídio da Comunidade Negra e jovem

CONTATOS:
quilomboracaeclasse.nacional@hotmail.com

TEL: 11-89278287 / 21-87701099 – Julio
         21-86493543 - Maristela

Um comentário:

  1. tá ótimo isso aqui, tenho orgulho de ser mulher, negra e participante neste blog.

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