terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Reta final para a eleição do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos


Está em curso uma das eleições sindicais mais importantes do país, na região do Vale do Paraíba. Entre 29 de fevereiro e 1º de março, os metalúrgicos de São José dos Campos e Região escolherão a nova diretoria do seu sindicato, para o período de 2012 a 2015


Neste ano, apenas duas chapas estão inscritas. A Chapa 1, da CSP-Conlutas, e a chapa 2, da CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil). A convenção da Chapa 1, no dia 14 de janeiro, mostrou a importância da democracia operária na escolha dos nomes e do debate de programa. Os metalúrgicos formaram uma chapa representativa, composta por 41 membros das principais fábricas, como GM, Embraer, TI-Automotive, Heatcraft, Hitachi, Eaton, Avibras, MWL, Wirex Cable e Swisbras.

O candidato a presidente escolhido foi Antonio de Barros, o “Macapá”, operário da General Motors. O candidato a vice-presidente é Herbert Claros, da Embraer. Os dois são militantes do PSTU.

Além da construção democrática e representativa, a Chapa 1 expressa a continuidade de um projeto de sindicato comprometido com a defesa rigorosa dos direitos dos metalúrgicos, voltado para os interesses imediatos e históricos dos trabalhadores.

Formada por diretores e cipeiros de grande prestígio na base, a Chapa 1 é uma fusão de experiência com a renovação, reunindo ainda novos ativistas, que refletem a juventude e a organização de base do sindicato.

Na raiz do programa da Chapa 1 está a tradição de lutas, mobilizações, independência de classe, democracia operária e internacionalismo. Marcas que fizeram do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região uma referência nacional para o movimento operário combativo e a própria CSP-Conlutas. É essa tradição operária e história de lutas que a Chapa 1 defende nas eleições.

Chapa 2 é apoiada pelos patrões

A Chapa 2 é formada por candidatos provenientes de outras centrais, que foram derrotados nas últimas eleições. Agora se agruparam na CTB como forma de lançar uma cara nova que não esteja associada à velha burocracia defensora do Banco de Horas na região. Mudou a face, mas a essência continua a mesma.

No contexto das eleições, os patrões, a grande imprensa e a prefeitura de São José dos Campos, do PSDB, estão em verdadeira campanha contra o Sindicato. Quase todos os dias a imprensa local cospe matérias e artigos que tentam atingir o sindicato através da criminalização das lideranças do Pinheirinho, particularmente contra um de seus coordenadores, Valdir Martins, o Marrom, que também é diretor do sindicato.

Outro forte ataque parte do prefeito Eduardo Cury, do PSDB, que desde novembro está aterrorizando a população e os trabalhadores com a idéia de que enquanto a atual diretoria continuar no sindicato, nenhuma empresa investirá na cidade. Essa cantilena é repetida constantemente pelo empresariado da região.

Mas a ofensiva mais dura está partindo da GM, que está demitindo a conta-gotas os trabalhadores, buscando criar um clima de terror na fábrica, na covarde e desesperada tentativa de dividir os trabalhadores e amedrontá-los às vésperas das eleições sindicais.

Vários chefes e supervisores usam broches e camisetas da chapa da CTB, procurando com isso intimidar os trabalhadores a votarem na chapa preferida pela GM. Há relatos de trabalhadores que foram assediados pelos chefes a não votar na chapa do Sindicato, sob risco de “fecharem a fábrica”. Com isso a chefia da GM transformou-se no principal cabo-eleitoral da oposição ao Sindicato na fábrica.

Todo apoio à Chapa 1



O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região possui uma enorme importância para a região e as lutas dos trabalhadores do país. Durante anos esteve presente nas lutas decisivas dos trabalhadores no Brasil e se somou a diversas iniciativas em defesa dos trabalhadores de outros países.

Este é um momento decisivo para defender esse instrumento de luta a serviços dos interesses dos trabalhadores, que têm resistido a diversas tentativas de retirada de direitos e rebaixamento salarial, ao contrário do que ocorre em outras regiões, onde os sindicatos são dirigidos pela CUT e CTB.

É hora das entidades combativas, classistas e independentes e dos ativistas se somarem na defesa desse importante instrumento de luta, apoiando política e financeiramente a Chapa 1. 

Felix Man, de São José dos Campos (SP)


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